EUA diverge do Brasil sobre papel da OMPI no combate à pirataria

Os Estados Unidos bateram de frente com Brasil, Argentina e China sobre o papel que a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) deve ter no combate à pirataria, durante a última reunião do programa para o fortalecimento dessa organização que terminou hoje em Genebra.

Para os dois países latino-americanos e o asiático, o órgão não deve se limitar a promover a proteção da propriedade intelectual, uma tarefa que a delegação americana considera primordial dentro das funções dessa agência da ONU.

"A proteção da propriedade intelectual é parte fundamental nas políticas econômicas e no desenvolvimento dos países, e por isso é importante acompanhar sua aplicação e averiguar as conseqüências da falta de controle", disse o conselheiro-chefe do Escritório dos EUA de Marcas e Patentes (USPTO), Paul Salmon.

Além disso, Salmon disse que essa mesma filosofia esteve particularmente apoiada por países da Ásia Central e da África, por isso as diferenças expressadas por esses três países não representaram o sentimento geral dos outros Estados reunidos em Genebra desde 20 de fevereiro.

Essa reunião faz parte das atividades estipuladas na Assembléia Geral da OMPI em outubro de 2005, assim como da proposta apresentada por Brasil, Argentina e mais doze países para que a agência especializada incluísse em sua agenda de trabalho as necessidades e perspectivas dos países em desenvolvimento.

"Para que a agenda progrida, em vez de se perder em discussões sem limite, o importante é se estabilizar nas propostas que têm apoio majoritário", disse o representante americano.