Repórter News - reporternews.com.br
Linhas aéreas se inspiram na Sars para se prevenir contra gripe
As empresas aéreas européias já criaram planos contingenciais para o caso de uma epidemia da gripe aviária na Europa; os planos incluem o cancelamento de milhares de vôo e a instalação de materiais de proteção nas aeronaves.
Por enquanto não houve alterações no padrão de viagens por causa dos focos registrados em animais, mas as empresas disseram na sexta-feira que não querem dar chance para o azar.
Elas adaptaram o que aprenderam com a epidemia de Sars (síndrome respiratória aguda grave), há dois anos, instalando máscaras, óculos de proteção e luvas nos aviões e treinando funcionários para reagir a uma epidemia.
"O planejamento de contingência foi iniciado há quase um ano, para avaliar nossa reação operacional e comercial no caso de a gripe aviária se transformar numa pandemia de gripe humana", disse um porta-voz da British Airways, a terceira maior empresa aérea da Europa.
"Estamos agindo junto com organizações governamentais e da área de saúde."
As empresas ressaltaram que as medidas são apenas uma precaução, e que o risco da transmissão da gripe aviária para seres humanos na Europa é baixo. No caso de emergência, elas terão de ajudar na triagem de pessoas, mas por enquanto as autoridades só pediram que elas relatem casos suspeitos.
A Air France KLM disse que também está agindo junto com governos, e afirmou que médicos estão treinando a tripulação e distribuindo materiais necessários em caso de uma epidemia.
O professor Uwe Stueben, chefe do serviço médico da Lufthansa, afirmou que o risco de viajar com alguém que tenha gripe aviária é quase nulo, e acrescentou que as aeronaves possuem filtros especiais que retiram bactérias e vírus da cabine de passageiros.
As empresas não quiseram entrar em detalhes sobre os planos, mas a maioria delas tem a perspectiva de cancelar um grande número de vôos no caso de uma pandemia. "Administrar uma empresa aérea é administrar riscos", disse o executivo-chefe da Lufthansa, Wolfgang Mayrhuber, em Cingapura essa semana.
A Iata, associação global de empresas aéreas, está em contato com a Organização Mundial da Saúde (OMS) em busca de diretrizes para os funcionários de aeroportos, para a tripulação e para as equipes de limpeza, com o objetivo de driblar os riscos.
Para a Iata, a indústria da aviação nunca esteve tão bem preparada para uma epidemia em potencial. "Quando houve a Sars, ninguém falava sobre isso 6 meses ou um ano antes, não havia planos", disse. "Talvez isso nunca se torne um problema de saúde pública, mas mesmo assim estamos quilômetros à frente no planejamento, em comparação com o que fizemos com a Sars", disse o porta-voz da Iata Anthony Concil.
Em termos de receita, porém, uma epidemia seria um desastre para as empresas. A indústria das viagens ainda está se recuperando do impacto da Sars e das questões de segurança depois dos ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA.
(Reportagem adicional de James Regan em Frankfurt e de Jan Dahinten em Cingapura)
Por enquanto não houve alterações no padrão de viagens por causa dos focos registrados em animais, mas as empresas disseram na sexta-feira que não querem dar chance para o azar.
Elas adaptaram o que aprenderam com a epidemia de Sars (síndrome respiratória aguda grave), há dois anos, instalando máscaras, óculos de proteção e luvas nos aviões e treinando funcionários para reagir a uma epidemia.
"O planejamento de contingência foi iniciado há quase um ano, para avaliar nossa reação operacional e comercial no caso de a gripe aviária se transformar numa pandemia de gripe humana", disse um porta-voz da British Airways, a terceira maior empresa aérea da Europa.
"Estamos agindo junto com organizações governamentais e da área de saúde."
As empresas ressaltaram que as medidas são apenas uma precaução, e que o risco da transmissão da gripe aviária para seres humanos na Europa é baixo. No caso de emergência, elas terão de ajudar na triagem de pessoas, mas por enquanto as autoridades só pediram que elas relatem casos suspeitos.
A Air France KLM disse que também está agindo junto com governos, e afirmou que médicos estão treinando a tripulação e distribuindo materiais necessários em caso de uma epidemia.
O professor Uwe Stueben, chefe do serviço médico da Lufthansa, afirmou que o risco de viajar com alguém que tenha gripe aviária é quase nulo, e acrescentou que as aeronaves possuem filtros especiais que retiram bactérias e vírus da cabine de passageiros.
As empresas não quiseram entrar em detalhes sobre os planos, mas a maioria delas tem a perspectiva de cancelar um grande número de vôos no caso de uma pandemia. "Administrar uma empresa aérea é administrar riscos", disse o executivo-chefe da Lufthansa, Wolfgang Mayrhuber, em Cingapura essa semana.
A Iata, associação global de empresas aéreas, está em contato com a Organização Mundial da Saúde (OMS) em busca de diretrizes para os funcionários de aeroportos, para a tripulação e para as equipes de limpeza, com o objetivo de driblar os riscos.
Para a Iata, a indústria da aviação nunca esteve tão bem preparada para uma epidemia em potencial. "Quando houve a Sars, ninguém falava sobre isso 6 meses ou um ano antes, não havia planos", disse. "Talvez isso nunca se torne um problema de saúde pública, mas mesmo assim estamos quilômetros à frente no planejamento, em comparação com o que fizemos com a Sars", disse o porta-voz da Iata Anthony Concil.
Em termos de receita, porém, uma epidemia seria um desastre para as empresas. A indústria das viagens ainda está se recuperando do impacto da Sars e das questões de segurança depois dos ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA.
(Reportagem adicional de James Regan em Frankfurt e de Jan Dahinten em Cingapura)
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/316850/visualizar/
Comentários