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Internacional
Sexta - 24 de Fevereiro de 2006 às 19:30

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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, é um dos prováveis nomes na lista dos 191 candidatos ao Prêmio Nobel da Paz deste ano. Junto dele, devem estar também o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o vocalista do U2, Bono Vox e o ex-presidente tcheco Vaclav Havel.

O diretor do Instituto Nobel da Paz, Geir Lundestad, anunciou nesta sexta-feira, em Oslo que 191 candidatos concorrerão este ano ao Prêmio Nobel da Paz, entre eles 23 organizações. Apesar de ser tradicional o mistério que envolve a divulgação dos nomes dos aspirantes, especialistas apontam que entre eles estão o ex-presidente finlandês, Martti Ahtisaari, e o presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, que partem como favoritos.

Os presidentes do Brasil e da Venezuela, Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, também teriam sido nominados, embora o brasileiro tenha enfraquecido sua candidatura por denúncias de corrupção e o segundo "não tenha nenhuma possibilidade", segundo Tonnesson.

Fazem parte da lista os cantores irlandeses Bono e Bob Geldof, o ex-presidente tcheco Vaclav Havel e organizações humanitárias como a Oxfam e a "Mil Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz".

Na primeira reunião do Comitê do Nobel, realizada em 14 de fevereiro, foi feita uma pré-seleção com cerca de 20 a 30 aspirantes, explicou Lundestad. Nas próximas semanas, o órgão estudará minuciosamente as trajetórias de cada candidato, e no final o número de aspirantes será reduzido para cinco ou seis.

"Ahtisaari e Bambang Yudhoyono são os grandes favoritos ao Nobel da Paz por seu papel em um processo de paz bem-sucedido", explicou o diretor do Instituto de Estudos sobre a Paz (Prio), Stein Tonnesson.

Os dois exerceram um papel de destaque na obtenção do tratado de paz entre o Governo indonésio e os rebeldes do Movimento para a Libertação de Aceh, assinado em agosto passado em Helsinque.

Em comunicado, Tonnesson afirmou que em 2006 o Comitê pretende premiar o trabalho de pacificação relacionado ao mundo muçulmano, para estender um braço a essa comunidade, após as tensões provocadas pelas charges de Maomé publicadas na imprensa européia.

O vencedor do Nobel receberá US$ 1,3 milhão e será anunciado em outubro. A estatueta será entregue em 10 de dezembro.





Fonte: EFE

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