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Internacional
Sexta - 24 de Fevereiro de 2006 às 17:10

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WARRI, Nigéria - Militantes armados que mantém como reféns nove funcionários estrangeiros de uma refinaria de petróleo na Nigéria exibiram um deles para repórteres pela primeira vez nesta sexta-feira. O americano, de 68 anos, que se identificou como Macon Hawkins, do Texas, disse que ele e seus colegas estão sendo tratados bem.

Três americanos, dois egípcios, dois tailandeses, um inglês e um filipino estavam desaparecidos desde que foram seqüestrados no dia 18 de fevereiro por militantes que invadiram uma companhia de petróleo americana, no estuário do delta do rio Níger.

Os nove militantes, usando máscaras negras, carregando rifles Kalashnikov e lança-granadas, trouxeram o refém até um grupo de jornalistas em um barco no delta do Níger e reiteraram as exigências para que uma terceira parte administre o fim da crise. Eles negaram a existência de uma negociação em andamento para a libertar os estrangeiros.

Os seqüestradores exigem que a população do sul do país receba uma parcela maior dos ganhos de petróleo da região e a libertação de dois importantes líderes do delta, Mujahid Dokubo-Asari, preso por traição, e o ex-governador Diepreye Alamieyeseigha, preso quando tentava fugir para a Inglaterra depois de sofrer acusações de lavagem de dinheiro.

Na quinta-feira, os militantes exibiram fotos do nove reféns e através de um e-mail ameaçaram mais ataques contra trabalhadores da companhia e contra a volátil indústria petrolífera do país.

A barca de onde os reféns foram capturados pertencia a companhia Willbros Group, com base em Houston, no Texas. A empresa trabalhava na instalação de oleodutos para a gigante Royal Dutch Shell.

Uma corte nigeriana ordenou que a Shell pagasse às comunidades do sul do país uma indenização de US$1,5 bilhões pela poluição e degradação no delta do rio. A companhia, no entanto, negou-se a pagar.





Fonte: AP

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