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Economia
Sexta - 24 de Fevereiro de 2006 às 13:21
Por: Valdemir Roberto

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A posse do novo secretário de Transportes Urbanos da Prefeitura de Cuiabá, Oscar Soares Martins, em substituição a Emanuel Pinheiro, era para ser como de costume: solenidade do lado de dentro, com direito a discursos; e, protesto do lado de fora. Mas, a falta de liderança interessada em resolver problemas – e não apenas criar problemas – fez com que a situação se transfigurasse de vez. A luta pela redução da tarifa do transporte coletivo na Capital acabou com estudantes detidos pela Polícia, com direito a gás de pimenta, empurra-empurra e baderna generalizada.

Martins assumiu o cargo tendo como uma das tarefas a discussão das tarifas, que se transformou em um entrave na gestão de Wilson Santos. Desde a metade do ano passado que o assunto vem se arrastando: de um lado, os empresários pressionando por reajuste, deixando inclusive de pagar os trabalhadores no dia certo como estratégia de ação; de outro, estudantes e movimentos populares – que pareciam organizados – protestando contra o aumento e abrindo frente pela redução da tarifa, baseado nas conclusões da CPI do Vale Transporte, da Câmara de Cuiabá.

Com um apelo popular mais eficiente, estudantes e os tais movimentos, reunidos numa espécie de fórum de debates, vem conseguindo “barrar” o aumento com protestos e passeatas. A pressão sobre a administração municipal levou o prefeito Wilson Santos a estabelecer vários degraus de debate sobre o aumento das tarifas, começando pelo Conselho de Transportes até a formação de um “grupão” de entidade. Ninguém chegou a um entendimento. Com a posição da CPI do Vale Transporte indicando tarifa superfaturada na Capital, Santos deixou a missão de dizer qual o valor mais adequado, com base na planilha de cálculo, para o Conselho Regional de Contabilidade (CRC).

A luta pela redução da tarifa ou mesmo para que ela não atinja valores absurdos e impraticáveis, contudo, não justifica a ação do movimento desta sexta-feira. Os estudantes rechaçaram até mesmo uma proposta para ser formada uma comissão para conversar com o prefeito Wilson Santos, à tarde, no Palácio Alencastro. Pelo que se notou, o objetivo era tumultuar. A ponto de tentarem invadir o prédio da SMTU, local da posse, utilizando entradas paralelas – no que foram contidos pela força policial. O resultado, dessa forma, nem poderia ser diferente: baderna e prisões.





Fonte: 24HorasNews

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