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Internacional
Sexta - 24 de Fevereiro de 2006 às 11:04

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O primeiro-ministro da Tailândia, Thaksin Shinawatra, dissolveu hoje o Parlamento, o que abre caminho para novas eleições legislativas, após ser submetido a uma intensa pressão para que renuncie, acusado por seus críticos de corrupção e de abuso de poder.

A dissolução do Parlamento será anunciada de forma oficial nas próximas horas e ocorre depois da audiência que Shinawatra manteve com o rei Bhumibol Adulyadej.

"Decidi dissolver o Parlamento", disse o primeiro-ministro aos jornalistas.

Após a audiência com o monarca, Shinawatra se transferiu à sede de seu partido Thai Rak Thai (Tailandeses Amam o Thai), onde se reuniu com destacados dirigentes desta formação política.

O primeiro-ministro acrescentou que as eleições legislativas serão realizadas em até 60 dias, o prazo máximo estabelecido pela Constituição.

A audiência foi solicitada por Shinawatra dois dias antes da manifestação convocada pela Aliança do Povo para a Democracia para exigir a renúncia do primeiro-ministro, a quem acusam de corrupção, abuso de poder e nepotismo.

A campanha contra o primeiro-ministro se intensificou depois que seus parentes venderam à companhia estatal de Cingapura Temasek suas participações no conglomerado empresarial Shin Corporation, fundado por Shinawatra há duas décadas.

Os parentes de Shinawatra, a quem o premier transferiu suas ações antes de assumir o poder em janeiro de 2001, receberam cerca de US$ 1,9 bilhão em uma operação da bolsa declarada livre de impostos.

Shinawatra venceu as eleições legislativas de 2001 e renovou seu mandato no pleito realizado em fevereiro do ano passado ao obter a maioria absoluta.





Fonte: EFE

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