EUA querem leis severas contra games violentos

A representação de violência e sexualidade em games tem se tornado um assunto muito debatido por políticos americanos que, desde o escândalo do conteúdo sexual "Hot Coffee" contido secretamente no jogo "Grand Theft Auto", têm sido pressionados pela sociedade a tomar medidas legais para proibir a venda de jogos adultos a menores de idade. Kansas é o mais recente estado norte-americano a adotar uma medida com o intuito de coibir a venda a menores de jogos que contêm violência ou sexo. Na semana passada o deputado Jim Ward propôs uma lei que, caso seja aprovada, fará com que lojas que venderem a menores games taxados para adultos paguem pesadas multas. O projeto de lei, conhecido como "Ato para a proteção das crianças contra jogos violentos" propõe multa de US$ 1 mil para quem violar a lei e, em caso de reincidência, o revendedor amargará uma multa no valor de US$ 2,5 mil. O projeto prevê ainda que jogos taxados como "M" e "AO" ¿ maduro e apenas para adultos ¿ não fiquem expostos em prateleiras ou balcões.

De acordo com o site GamePolitics, a governadora do Kansas, Kathleen Sebelius, afirmou recentemente que o estado irá ajudar os pais "oferecendo limites de acesso a games violentos", o que sugere que a lei será aprovada caso siga para o senado.

Em Utah, uma medida preventiva já foi aprovada e seguiu para o Comitê Judiciário na semana passada. A lei prevê a proibição da venda de materiais que contenham "violência imprópria em um vídeo interativo ou jogo eletrônico".

As medidas adotadas nos dois estados norte-americanos determinam uma tendência, pois diversos outros estados naquele país estão implementando leis similares. Alguns, porém, estão encontrando dificuldades, como é o caso da California e de Illinois, onde juízes rejeitaram os projetos por violarem a Primeira Emenda.