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Internacional
Quinta - 23 de Fevereiro de 2006 às 19:55

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O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, advertiu potências ocidentais como Estados Unidos e Israel de que elas podem ter de enfrentar a ira muçulmana por causa do ataque a bomba contra uma mesquita xiita no Iraque.

Ecoando as declarações do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, Ahmadinejad responsabilizou os "sionistas" e as forças estrangeiras que atuam no Iraque pela destruição da mesquita de Samarra, na quarta-feira.

"Esses atos odiosos são cometidos por um grupo de sionistas e ocupantes que fracassaram. Eles fracassaram diante da lógica e da justiça do islã", disse Ahmadinejad num discurso transmitido ao vivo pela TV.

"Mas tenham certeza de que, recorrendo a atos como esses, vocês não serão poupados da ira e do poder das nações que buscam justiça", afirmou, sendo respondido com gritos de "Morte à América" e "Morte a Israel" pela multidão no centro do Irã.

Khamenei, detentor da última palavra em todas as questões relativas ao Estado do Irã, fez um apelo na quarta-feira aos xiitas para que eles não se vinguem dos muçulmanos sunitas pelo ataque à mesquita de Samarra.

"Há definitivamente tramas para obrigar os xiitas a atacar as mesquitas e outras propriedades respeitadas pelos sunitas", disse ele. "Qualquer medida que contribua para isso estará ajudando os inimigos do islã e é proibida pela sharia", afirmou.

Khamenei determinou uma semana de luto nacional no Irã pelo ataque. Em Beirute, o grupo Hizbollah pediu que os muçulmanos se unam.

"Digo aos americanos, aos sionistas e aos criminosos que cometeram o crime de ontem em Samarra que seus objetivos fracassarão", disse o chefe do Hizobllah, Sayyed Hassan Nasrallah, numa manifestação à qual compareceram milhares de xiitas libaneses, nos arredores de Beirute.

"Digo a eles que esta nação não será dividida. Ela não cairá nos truques do ocupante".

O Hizbollah é considerado pelos EUA um grupo terrorista, e uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, de 2004, exige que o grupo entregue as armas.





Fonte: Reuters

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