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ONG diz que cem morreram sob custódia dos EUA
Quase cem prisioneiros morreram sob custódia dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão desde agosto de 2002, segundo a ONG americana de direitos humanos Human Rights First. Os detalhes foram divulgados pela primeira vez no programa de televisão da BBC Newsnight.
Das 98 mortes, pelo menos 34 foram homicídios confirmados ou suspeitos, segundo o que foi divulgado pelo programa. Um representante do Pentágono disse à BBC não ter visto o relatório, mas que alegações de maus tratos são levadas "muito a sério".
O relatório da Human Rights First ¿ uma ONG fundada em 1978 para defender os direitos humanos nos EUA e no mundo ¿, que será publicado nesta quarta-feira, é baseado em informações do próprio Pentágono e outras fontes americanas oficiais.
Tortura A representante da Human Rights First, Deborah Pearlstein, disse estar "extremamente segura" de que a informação é confiável. De acordo com o relatório, os 34 casos classificados como homicídios teriam sido "causados intencionalmente ou por descuido".
A organização diz que outros onze casos são considerados "suspeitos" e que entre oito e doze prisioneiros foram torturados até morrer. Mas apesar disso, segundo o grupo, poucos são acusados formalmente e, quando são, a punição é geralmente leve.
Falando também no programa da BBC, o embaixador americano no Iraque, Zalmay Khalilzad, disse que a grande maioria dos soldados se comportam de acordo com a lei. Mas ele reconheceu que há abusos.
"Eles (os soldados) são seres humanos, eles descumprem a lei, eles cometem erros e têm que ser responsabilizados por isso e uma coisa boa sobre o nosso sistema é que as pessoas são responsabilizadas", afirmou.
Investigação O parlamentar britânico Bob Marshall-Andrews disse à agência de notícias Press Association que o relatório confirma "em termos estatísticos a evidência já disponível em vídeo". "Se isso realmente estiver acontecendo de forma sistemática, então os que estão lá em cima devem ser responsabilizados, e isso se aplica aos governos britânico e americano", afirmou.
Um porta-voz da organização de direitos humanos Anistia Internacional disse que deve haver uma investigação sobre as mortes. "Mortes em custódia durante a guerra ao terror é uma questão que realmente nos preocupa e nós queremos ver os Estados Unidos e seus aliados permitindo que uma investigação imparcial e independente sobre essas mortes seja feita, assim como sobre outras alegações de tortura e maus tratos", disse.
Segundo ele, a Anistia já chamou a atenção para o fato de que as sentenças para os que são considerados culpados têm sido muito brandas. Na semana passada, uma canal de TV australiano transmitiu imagens inéditas mostrando o que parece ser abuso de prisioneiros iraquianos por soldados americanos na prisão de Abu Ghraib, no Iraque, em 2003.
Das 98 mortes, pelo menos 34 foram homicídios confirmados ou suspeitos, segundo o que foi divulgado pelo programa. Um representante do Pentágono disse à BBC não ter visto o relatório, mas que alegações de maus tratos são levadas "muito a sério".
O relatório da Human Rights First ¿ uma ONG fundada em 1978 para defender os direitos humanos nos EUA e no mundo ¿, que será publicado nesta quarta-feira, é baseado em informações do próprio Pentágono e outras fontes americanas oficiais.
Tortura A representante da Human Rights First, Deborah Pearlstein, disse estar "extremamente segura" de que a informação é confiável. De acordo com o relatório, os 34 casos classificados como homicídios teriam sido "causados intencionalmente ou por descuido".
A organização diz que outros onze casos são considerados "suspeitos" e que entre oito e doze prisioneiros foram torturados até morrer. Mas apesar disso, segundo o grupo, poucos são acusados formalmente e, quando são, a punição é geralmente leve.
Falando também no programa da BBC, o embaixador americano no Iraque, Zalmay Khalilzad, disse que a grande maioria dos soldados se comportam de acordo com a lei. Mas ele reconheceu que há abusos.
"Eles (os soldados) são seres humanos, eles descumprem a lei, eles cometem erros e têm que ser responsabilizados por isso e uma coisa boa sobre o nosso sistema é que as pessoas são responsabilizadas", afirmou.
Investigação O parlamentar britânico Bob Marshall-Andrews disse à agência de notícias Press Association que o relatório confirma "em termos estatísticos a evidência já disponível em vídeo". "Se isso realmente estiver acontecendo de forma sistemática, então os que estão lá em cima devem ser responsabilizados, e isso se aplica aos governos britânico e americano", afirmou.
Um porta-voz da organização de direitos humanos Anistia Internacional disse que deve haver uma investigação sobre as mortes. "Mortes em custódia durante a guerra ao terror é uma questão que realmente nos preocupa e nós queremos ver os Estados Unidos e seus aliados permitindo que uma investigação imparcial e independente sobre essas mortes seja feita, assim como sobre outras alegações de tortura e maus tratos", disse.
Segundo ele, a Anistia já chamou a atenção para o fato de que as sentenças para os que são considerados culpados têm sido muito brandas. Na semana passada, uma canal de TV australiano transmitiu imagens inéditas mostrando o que parece ser abuso de prisioneiros iraquianos por soldados americanos na prisão de Abu Ghraib, no Iraque, em 2003.
Fonte:
BBBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/317485/visualizar/
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