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Internacional
Terça - 21 de Fevereiro de 2006 às 18:55

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A guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) rejeitou um pedido do presidente colombiano, Álvaro Uribe, para iniciar um processo de paz, e afirmou que a chamada é devido a um "estrondoso fracasso" da campanha militar contra os rebeldes e a estratégias eleitoreiras.

Uribe apoiou sua oferta no "argumento mentiroso do desmonte do paramilitarismo", disseram as Farc em comunicado divulgado hoje em sua página da internet.

Segundo os rebeldes, o diálogo de paz do Governo com a organização Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC) é apenas a "legalização" e "institucionalização" da "política paramilitar de Estado".

Cerca de 22.000 ultradireitistas deixaram as armas em virtude do processo do Executivo com as AUC, que deverá terminar no final deste mês, como estabelecem os acordos assinados.

"Mais da metade" dos paramilitares "supostamente desmobilizados" não entregou as armas, sustentou o "secretariado" ou comando das Farc neste comunicado, datado de 14 de fevereiro nas "montanhas da Colômbia".

Para os rebeldes, o convite feito pelo presidente no último dia 11 de uma localidade próxima a Bogotá é devido ao "estrondoso fracasso do Plano Patriota", campanha militar contra o comando rebelde, e também diz respeito a um "cálculo eleitoral de reeleição", diante do projeto de Uribe de buscar um segundo mandato no próximo pleito.

Mas, além disso, as Farc disseram que não acham que o governante "esteja disposto a tirar tropas dos departamentos de Caquetá e Putumayo, como novo cenário dos futuros diálogos de paz".

Essas regiões - Putumayo forma a conflituosa fronteira sul com o Equador e Peru - têm um território conjunto de 113.850 quilômetros quadrados que as Farc tinham exigido no passado que fosse desmilitarizado, para negociar um acordo de troca de seqüestrados por rebeldes presos.

As Farc ratificaram que "é impossível o diálogo com este Governo enquanto persistir em sua estratégia midiática de qualificar a insurgência como narcoterrorista e enquanto seguir criminalizando o protesto e a insatisfação popular".





Fonte: EFE

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