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Internacional
Terça - 21 de Fevereiro de 2006 às 18:00

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O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, pediu hoje ao candidato do Hamas a primeiro-ministro, Ismail Haniyeh, que forme o novo Governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP).

Em reunião realizada hoje à tarde na Cidade de Gaza, Abbas entregou a Haniyeh uma carta na qual formalmente dá a ele a incumbência necessária para constituir o próximo gabinete palestino.

Haniyeh, de 43 anos e formado em Educação em Língua Árabe pela Universidade Islâmica de Gaza, encabeçou a lista eleitoral do Hamas nas eleições legislativas do último dia 25.

O grupo islâmico conseguiu 74 das 132 cadeiras do Conselho Legislativo palestino (Parlamento) no pleito, realizado na Cisjordânia, em Gaza e em Jerusalém Oriental.

Com a carta entregue a Haniyeh, Abbas aceitou de fato sua nomeação como próximo primeiro-ministro, segundo informações de meios de comunicação palestinos.

Haniyeh, nascido em uma família de refugiados palestinos de Gaza em 1963, será o primeiro membro do Hamas a assumir o cargo de primeiro-ministro. Segundo a legislação palestina, conta com cinco semanas para formar o novo Governo.

Enquanto isso, dirigentes do Hamas iniciaram contatos com representantes do movimento nacionalista Fatah, principal partido da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), presidida por Abbas, com a intenção de formar um Governo de "unidade nacional".

Os fundamentalistas -cujo movimento foi fundado em 1988- e os nacionalistas do Fatah, que durante décadas foram liderados por Yasser Arafat, possuem sérias divergências ideológicas e políticas.

Uma delas consiste no reconhecimento do Estado de Israel por parte da OLP. O Hamas se nega a reconhecer a legitimidade e insistiu que manterá a luta armada até o final da ocupação de Israel.

A Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), de esquerda, também anunciou estar disposta a participar de um Governo presidido pelos fundamentalistas caso seja obtido um acordo sobre diversos temas de ordem política e social.

A Jihad Islâmica, por outro lado, informou que não fará parte de uma coalizão presidida pelo Hamas, mas que apoiará seu Governo. A Jihad não participou das eleições de janeiro.





Fonte: EFE

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