Repórter News - reporternews.com.br
Irã endurece posição sobre o nuclear e exclui discussão com países europeus
O Irã endureceu nesta terça-feira a posição a respeito de seu programa nuclear anunciando que excluirá desta etapa qualquer negociação com as três grandes potências européias (Alemanha, França, Grã-Bretanha) ao mesmo tempo em que não voltará atrás na decisão de enriquecer urânio em pequena escala.
"No momento, nossos contatos com a União Européia não serão mais feitos com a UE-3, e sim de maneira unilateral com os diferentes países", disse aos jornalistas o chefe da diplomacia iraniana Manucher Mottaki durante uma entrevista coletiva à imprensa.
As negociações com os europeus foram definitivamente suspensas quando Teerã anunciou no dia 10 de janeiro a decisão de reiniciar as atividades relacionadas ao enriquecimento de urânio.
Mottaki lembrou que o Irã não voltará à situação anterior, quando os países ocidentais pediram ao país para suspender novamente todas as atividades sensíveis de seu programa nuclear.
Este apelo foi reforçado por uma resolução da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), aprovada em 4 de fevereiro, solicitando especialmente ao Irã que retrocedesse em suas atividades de enriquecimento ao mesmo tempo em que abriu caminho para levar ao Conselho de Segurança das Nações Unidas o caso iraniano.
Nesta terça-feira, Mottaki lembrou que "no atual momento o enriquecimento (de urânio) é iniciado em laboratório", e "qualquer nova idéia de negociação deve partir deste ponto".
O ministro já havia manifestado esta posição na segunda-feira em Bruxelas diante do representante da política externa da UE, Javier Solana.
"Penso que este tipo de postura não contribui para construir a confiança e sim o oposto", disse Solana.
Mottaki atribuiu importância às negociações posteriores com a UE, explicando que a partir de agora o Irã se concentra em suas conversações em Moscou a respeito de um plano de enriquecimento industrial de seu urânio em território russo.
Uma delegação iraniana está em Moscou desde segunda-feira para estudar esta oferta que pretende garantir ao Irã um fornecimento estável de combustível nuclear, ao mesmo tempo privando os iranianos do controle deste procedimento.
Os países ocidentais suspeitam de que Teerã procure obter a arma nuclear sob a cobertura de um programa nuclear civil.
O enriquecimento de urânio permite obter tanto o combustível para uma central como para a carga de uma bomba atômica.
As negociações com a UE-3 foram iniciadas no final de 2003, após o Irã ter decidido suspender suas atividades ligadas ao enriquecimento de urânio e se submeter a um regime de controle reforçado de seu programa nuclear por parte de inspetores da AIEA.
Esta relação se deteriorou em junho de 2005 com a eleição do presidente iraniano ultraconservador Mahmud Amadinejad.
A UE-3 rompeu as negociações com Teerã em agosto, depois que o Irã anunciou o reinício do processo de conversão de urânio, etapa anterior ao enriquecimento.
No dia 21 de dezembro foram realizadas negociações destinadas a reiniciar o diálogo. Deveriam prosseguir no dia 18 de janeiro, mas caducaram depois da retomada das atividades ligadas ao enriquecimento por parte do Irã.
Agora, a República Islâmica aguarda a reunião da AIEA de 6 de março, que decidirá se o caso será ou não enviado ao Conselho de Segurança. Os países ocidentais, e em particular os Estados Unidos, não descartaram a aplicação de sanções.
"No momento, nossos contatos com a União Européia não serão mais feitos com a UE-3, e sim de maneira unilateral com os diferentes países", disse aos jornalistas o chefe da diplomacia iraniana Manucher Mottaki durante uma entrevista coletiva à imprensa.
As negociações com os europeus foram definitivamente suspensas quando Teerã anunciou no dia 10 de janeiro a decisão de reiniciar as atividades relacionadas ao enriquecimento de urânio.
Mottaki lembrou que o Irã não voltará à situação anterior, quando os países ocidentais pediram ao país para suspender novamente todas as atividades sensíveis de seu programa nuclear.
Este apelo foi reforçado por uma resolução da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), aprovada em 4 de fevereiro, solicitando especialmente ao Irã que retrocedesse em suas atividades de enriquecimento ao mesmo tempo em que abriu caminho para levar ao Conselho de Segurança das Nações Unidas o caso iraniano.
Nesta terça-feira, Mottaki lembrou que "no atual momento o enriquecimento (de urânio) é iniciado em laboratório", e "qualquer nova idéia de negociação deve partir deste ponto".
O ministro já havia manifestado esta posição na segunda-feira em Bruxelas diante do representante da política externa da UE, Javier Solana.
"Penso que este tipo de postura não contribui para construir a confiança e sim o oposto", disse Solana.
Mottaki atribuiu importância às negociações posteriores com a UE, explicando que a partir de agora o Irã se concentra em suas conversações em Moscou a respeito de um plano de enriquecimento industrial de seu urânio em território russo.
Uma delegação iraniana está em Moscou desde segunda-feira para estudar esta oferta que pretende garantir ao Irã um fornecimento estável de combustível nuclear, ao mesmo tempo privando os iranianos do controle deste procedimento.
Os países ocidentais suspeitam de que Teerã procure obter a arma nuclear sob a cobertura de um programa nuclear civil.
O enriquecimento de urânio permite obter tanto o combustível para uma central como para a carga de uma bomba atômica.
As negociações com a UE-3 foram iniciadas no final de 2003, após o Irã ter decidido suspender suas atividades ligadas ao enriquecimento de urânio e se submeter a um regime de controle reforçado de seu programa nuclear por parte de inspetores da AIEA.
Esta relação se deteriorou em junho de 2005 com a eleição do presidente iraniano ultraconservador Mahmud Amadinejad.
A UE-3 rompeu as negociações com Teerã em agosto, depois que o Irã anunciou o reinício do processo de conversão de urânio, etapa anterior ao enriquecimento.
No dia 21 de dezembro foram realizadas negociações destinadas a reiniciar o diálogo. Deveriam prosseguir no dia 18 de janeiro, mas caducaram depois da retomada das atividades ligadas ao enriquecimento por parte do Irã.
Agora, a República Islâmica aguarda a reunião da AIEA de 6 de março, que decidirá se o caso será ou não enviado ao Conselho de Segurança. Os países ocidentais, e em particular os Estados Unidos, não descartaram a aplicação de sanções.
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/317658/visualizar/
Comentários