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Polícia Brasil
Terça - 21 de Fevereiro de 2006 às 06:41
Por: Adilson Rosa

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O vendedor Jaciel Monteiro Lopes, de 19 anos, morreu dentro de uma viatura da Polícia Militar da Companhia Comunitária do São João Del Rey. Ele estava sendo levado para uma casa na região do Pedra 90, onde entregaria aos PMs quatro ou cinco escopetas calibre 12. Na versão dos três policiais militares que estavam na viatura, durante o trajeto o carro foi atacado por bandidos e os PMs reagiram, mas não acertaram os criminosos.

A versão, segundo policiais da Delegacia Metropolitana da capital, possui contradições. Já a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) solicitou a apreensão das armas dos policiais para serem periciadas.

Os tiros atingiram a parte traseira do carro e acertaram Jaciel no tórax e quadril. Levado ao Pronto-Socorro de Cuiabá (PSC), o vendedor morreu duas horas depois. O suposto confronto ocorreu por volta das 20h30, numa estrada na região do Aricá.

No confronto, um soldado sofreu dois tiros de calibre 32. Os projéteis ficaram alojados no colete do policial. Embora tivessem atirado para todos os lados, os bandidos acertaram somente a traseira da viatura, exatamente onde estava Jaciel.

Conforme os PMs, eles haviam recebido uma denúncia anônima de que um rapaz, suspeito de ter matado o barman Wagner Peixoto Ferreira, de 26 anos, no dia 29 de janeiro, estava num bar do bairro São João Del Rey, em Cuiabá. Wagner foi executado com 11 tiros de pistola. Na denúncia, a pessoa havia informado o nome completo do suspeito.

Ao ser abordado no bar, Jaciel estava desarmado e atendeu os policiais. Confessou ter praticado o crime, mas não explicou o motivo. A princípio disse que não conhecia a vítima. Acrescentou que guardava armamento pesado numa casa na região do Pedra 90.

Então teria combinado com os policiais de levá-los até a casa. Uma testemunha disse que Jaciel falou alto, para todos ouvirem, que levaria os militares até uma casa a fim de buscar as armas. “Até um surdo ouviu”, disse uma testemunha.

Durante o trajeto, os militares sofreram dois atentados. O primeiro, próximo de uma ponte. Lá, vários homens começaram a atirar contra a viatura. O PM que dirigia o carro fez uma manobra arriscada para não ser atingido. Então, voltaram.

Cerca de 500 metros depois, os policiais contam que sofreram mais uma emboscada. Quatro homens ocupando duas motocicletas teriam começado a atirar contra a viatura. Dois tiros perfuraram a lataria e atingiram Jaciel. O vendedor acabou atingido no tórax e quadril, sendo este último disparo o que provocou a hemorragia.

A delegada Sílvia Pauluzi, de plantão na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), deverá ouvir os militares ainda nesta semana para pode esclarecer o crime. Até ontem à tarde, os policiais não haviam conseguido localizar os familiares de Jaciel. O endereço consta como sendo uma rua do Jardim Fortaleza, mas a casa esteve fechada durante todo o dia.





Fonte: Diário de Cuiabá

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