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Doze horas de protesto
Cerca de 1.700 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Acampados (MTA) bloquearam durante doze horas ontem a BR-364, que liga Cuiabá a Rondonópolis e à região sul do país. Os sem-terra reivindicam agilização no processo de assentamento de 5.262 famílias acampadas ao longo das rodovias federais de Mato Grosso. O bloqueio aconteceu na serra de São Vicente e deve se repetir hoje pela manhã.
O congestionamento de caminhões, no sentido Cuiabá/Rondonópolis, já era de 10 quilômetros pela manhã. À tarde chegou a quinze. Na pista contrária, a fila era de aproximadamente três pela manhã e só não foi maior porque a Polícia Rodoviária Federal (PRF), desde o domingo, vinha orientando os motoristas a não pegarem a BR e informando as empresas de ônibus sobre a possibilidade de bloqueio. Carros pequenos também estavam desviando por uma estrada de chão e muitas carretas ficaram estacionadas nos postos de combustível. Apesar dos avisos e dos desvios, à tarde o congestionamento cresceu.
De acordo com um dos líderes do movimento, Ildo de Souza, do acampamento “Dom Osório Stofell”, o MTA tem 180 áreas protocoladas no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) aguardando vistoria, emissão de posse, título, Plano de Desenvolvimento do Assentamento (PDA), entre outros. “Têm famílias com mais de seis anos à beira de rodovias em barracas de lona ou palha, com dificuldades de saneamento, de água, alimentação e com problemas de saúde”, disse.
O “Dom Osório” conta com cerca de 450 famílias. Há 120 dias, elas foram despejadas da fazenda “Boa Esperança”, em Campo Verde, e se juntaram a outros integrantes do MTA de 11 acampamentos, que atualmente estão ao longo da BR-364. “A vida aqui é ruim. A gente não pode plantar. A água não é boa e falta comida”, reclamou Maria da Silva, 30 anos.
As crianças são as que mais sofrem. “Há 30 dias, meu filho de 13 anos teve alergia e ficou todo empolado. Não tínhamos remédio, nenhuma assistência. A maioria das nossas crianças está com pano branco”, afirmou Mara Lima Duarte, 28 anos. A água usada pelas famílias é retirada de um poço, mas segundo os acampados, imprópria para consumo. Conforme Souza, o Incra fornece cesta básica de 60 em 60 dias.
Os sem-terra também cobram ampliação do convênio de assistência técnica, instalação de telefones públicos nos assentamentos, abastecimento de água potável, crédito, entre outros. “Falta coragem e competência ao Incra para fazer a Reforma Agrária”, diziam os manifestantes em uma das faixas utilizadas durante o protesto.
Apesar de respeitar o movimento, o caminhoneiro Leandro da Silva, 38 anos, espera que os sem-terra arrumem outra forma de chamar a atenção das autoridades. “Nossa categoria é a mais prejudicada. Ficamos horas parados na estrada, sem poder seguir a jornada. Para quem depende de comissão, isso não é nada bom”, reclamou. Silva transportava soja.
O caminhoneiro saiu no início da tarde do domingo de Sorriso e deveria estar ontem, às 8 horas, em Rondonópolis. A rodovia foi liberada por volta das 18 horas. Mas o grupo já anunciou que vai bloquear a pista novamente hoje de manhã, caso não haja avanço nas negociações com o Incra.
A assessoria de imprensa do Incra informou que até ontem pela manhã o órgão não havia sido comunicado oficialmente sobre a interdição e da pauta de reivindicação. Ainda, segundo a assessoria, o MTA e a Fetagri foram os movimentos que mais tiveram famílias assentadas em Mato Grosso.
O congestionamento de caminhões, no sentido Cuiabá/Rondonópolis, já era de 10 quilômetros pela manhã. À tarde chegou a quinze. Na pista contrária, a fila era de aproximadamente três pela manhã e só não foi maior porque a Polícia Rodoviária Federal (PRF), desde o domingo, vinha orientando os motoristas a não pegarem a BR e informando as empresas de ônibus sobre a possibilidade de bloqueio. Carros pequenos também estavam desviando por uma estrada de chão e muitas carretas ficaram estacionadas nos postos de combustível. Apesar dos avisos e dos desvios, à tarde o congestionamento cresceu.
De acordo com um dos líderes do movimento, Ildo de Souza, do acampamento “Dom Osório Stofell”, o MTA tem 180 áreas protocoladas no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) aguardando vistoria, emissão de posse, título, Plano de Desenvolvimento do Assentamento (PDA), entre outros. “Têm famílias com mais de seis anos à beira de rodovias em barracas de lona ou palha, com dificuldades de saneamento, de água, alimentação e com problemas de saúde”, disse.
O “Dom Osório” conta com cerca de 450 famílias. Há 120 dias, elas foram despejadas da fazenda “Boa Esperança”, em Campo Verde, e se juntaram a outros integrantes do MTA de 11 acampamentos, que atualmente estão ao longo da BR-364. “A vida aqui é ruim. A gente não pode plantar. A água não é boa e falta comida”, reclamou Maria da Silva, 30 anos.
As crianças são as que mais sofrem. “Há 30 dias, meu filho de 13 anos teve alergia e ficou todo empolado. Não tínhamos remédio, nenhuma assistência. A maioria das nossas crianças está com pano branco”, afirmou Mara Lima Duarte, 28 anos. A água usada pelas famílias é retirada de um poço, mas segundo os acampados, imprópria para consumo. Conforme Souza, o Incra fornece cesta básica de 60 em 60 dias.
Os sem-terra também cobram ampliação do convênio de assistência técnica, instalação de telefones públicos nos assentamentos, abastecimento de água potável, crédito, entre outros. “Falta coragem e competência ao Incra para fazer a Reforma Agrária”, diziam os manifestantes em uma das faixas utilizadas durante o protesto.
Apesar de respeitar o movimento, o caminhoneiro Leandro da Silva, 38 anos, espera que os sem-terra arrumem outra forma de chamar a atenção das autoridades. “Nossa categoria é a mais prejudicada. Ficamos horas parados na estrada, sem poder seguir a jornada. Para quem depende de comissão, isso não é nada bom”, reclamou. Silva transportava soja.
O caminhoneiro saiu no início da tarde do domingo de Sorriso e deveria estar ontem, às 8 horas, em Rondonópolis. A rodovia foi liberada por volta das 18 horas. Mas o grupo já anunciou que vai bloquear a pista novamente hoje de manhã, caso não haja avanço nas negociações com o Incra.
A assessoria de imprensa do Incra informou que até ontem pela manhã o órgão não havia sido comunicado oficialmente sobre a interdição e da pauta de reivindicação. Ainda, segundo a assessoria, o MTA e a Fetagri foram os movimentos que mais tiveram famílias assentadas em Mato Grosso.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/317859/visualizar/
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