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Cidades/Geral
Terça - 21 de Fevereiro de 2006 às 06:26
Por: Natacha Wogel

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O juiz da 5ª Vara Criminal de Cuiabá, César Francisco Bassan, já está em casa, depois de passar mais de 20 dias internado no Hospital Jardim Cuiabá, boa parte na UTI, em virtude de um atentado sofrido em Sinop, 500 quilômetros ao norte da capital.

Conforme o médico perito do Tribunal de Justiça, Ézio Ojeda, responsável por divulgar informações sobre seu estado de saúde, o magistrado precisará de um intenso tratamento de fisioterapia na tentativa de recuperar os movimentos das pernas.

“Seu estado geral é bom, mas ainda não houve recuperação dos movimentos das pernas. Somente a fisioterapia vai poder resolver isso, temos que aguardar. Sua evolução ainda é bem discreta, não há movimento nenhum nos membros inferiores”, relatou Ojeda, informando que os médicos que cuidaram do juiz no hospital preferem ainda não arriscar sobre um diagnóstico definitivo de paraplegia.

Conforme o perito, a família de Bassan estaria procurando uma residência no bairro Jardim Cuiabá para estar mais próximo do hospital. O magistrado estará sob a atenção diária de profissionais de enfermagem. Quanto à recuperação da cirurgia para a retirada do projétil da coluna vertebral do juiz, Ojeda informou que foi perfeita. “A recuperação foi ótima, como sucesso na retirada da bala e na fixação das vértebras”, afirmou.

O juiz César Bassan foi atingido por um tiro na madrugada do dia 1º, depois de ter uma discussão no trânsito com quatro jovens na principal avenida de Sinop.

Os acusados Sérgio Müller, Fábio Tavares de Toledo e Cleiton Lopes dos Santos foram detidos pela polícia no mesmo dia em que ocorreu a tentativa de homicídio. Sérgio Müller assumiu a autoria dos disparos e está, juntamente, como os demais acusados, detido na cadeia pública de Sinop. De acordo com a delegada regional do município, Maria de Fátima Moggi, as motivações para o crime teriam sido a bebedeira e a valentia dos acusados.

O coordenador da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) em Sinop, Leandro Vallendorf, revelou ontem que os disparos contra o juiz saíram todos da mesma arma. A declaração de Vallendorf é baseada na perícia que foi concluída ontem e enviada ao Ministério Público Estadual (MPE). De acordo com o perito, a conclusão do laudo extingue a hipótese, trabalhada pela Polícia, de que duas armas podiam ter sido usadas no crime.

Leandro Vallendorf explicou que a perícia chegou à conclusão comparando fragmentos do projétil retirado da coluna de Bassan com o fragmento do projétil encontrado no pneu da caminhonete do juiz.

A arma usada, segundo o perito, provavelmente foi um revólver calibre 38. Ainda há uma dúvida porque existe outro projétil com diâmetro semelhante. O Ministério Público ainda não ofereceu denúncia no Fórum de Sinop contra nenhum dos acusados. (Colaborou Marco Aurélio Júnior)





Fonte: Diário de Cuiabá

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