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Ciganos romenos celebram 150 anos de abolição da escravatura
Os ciganos da Romênia celebram hoje o 150º aniversário da abolição da escravatura, em 20 de fevereiro de 1856, com comemorações em Bucareste e nas comunidades locais.
Representantes dos ciganos, da sociedade civil e autoridades participaram de uma simbólica "Marcha para a Liberdade" pelas principais avenidas da capital, em lembrança pelos mais de 500 anos de submissão e pelo holocausto desta etnia durante a segunda guerra mundial.
O ato se iniciou com oferendas florais à estátua do político Mihail Kogalniceanu, autor da lei sobre a emancipação dos escravos ciganos, e continuou no Palácio do Patriarca da Igreja Ortodoxa Romena, onde os ciganos criaram um "Memorial pela Libertação".
A manifestação organizada pelas associações ciganas Romani Criss, Amare Romentza, Agência Nacional para Ciganos e Agência para o Monitoramento da Imprensa, será concluída esta noite com um espetáculo de música romena intitulado "Amare Gillia".
"Os ciganos gozam hoje de todas as liberdades na Romênia", declarou à imprensa o chamado rei dos ciganos, Florin Cioaba, que acrescentou que os 17 mil ciganos do distrito de Sibiu (centro) celebrarão este dia "com um programa cristão", orações e um debate sobre a história da etnia.
Por outro lado, a Agência Nacional para os Romenos, organismo governamental responsável pela integração dos ciganos, destaca que mais de 80% situam-se abaixo da linha da pobreza. Além disso, este povo é discriminado e sua alta taxa de abandono escolar perpetua as diferenças socioculturais.
Os ciganos, da mesma forma que outras 16 minorias étnicas da Romênia, estão representados no Parlamento por um deputado designado democraticamente. Além disso, esta comunidade tem um partido político, o Partida Romilor, dirigido por sua elite.
Os ciganos chegaram a terras romenas na primeira metade do século XIII com a invasão dos mongóis, que os traziam como escravos, e assim continuaram nas propriedades de príncipes romenos, de monastérios e latifundiários durante mais de 500 anos.
Após a abolição da escravatura, os ciganos continuaram sendo marginalizados.
Nos anos 40 do século XX, os ciganos foram vítimas do holocausto, deportados pelo Governo do marechal Ion Antonescu para a república moldávia de Transnístria (entre Romênia e Ucrânia) como elementos anti-sociais, sobretudo os nômades.
A Comissão romena para as vítimas do Holocausto estima que 36 mil ciganos romenos morreram de frio, inanição e doenças nos campos de trabalho forçado da Transnístria. EFE
Representantes dos ciganos, da sociedade civil e autoridades participaram de uma simbólica "Marcha para a Liberdade" pelas principais avenidas da capital, em lembrança pelos mais de 500 anos de submissão e pelo holocausto desta etnia durante a segunda guerra mundial.
O ato se iniciou com oferendas florais à estátua do político Mihail Kogalniceanu, autor da lei sobre a emancipação dos escravos ciganos, e continuou no Palácio do Patriarca da Igreja Ortodoxa Romena, onde os ciganos criaram um "Memorial pela Libertação".
A manifestação organizada pelas associações ciganas Romani Criss, Amare Romentza, Agência Nacional para Ciganos e Agência para o Monitoramento da Imprensa, será concluída esta noite com um espetáculo de música romena intitulado "Amare Gillia".
"Os ciganos gozam hoje de todas as liberdades na Romênia", declarou à imprensa o chamado rei dos ciganos, Florin Cioaba, que acrescentou que os 17 mil ciganos do distrito de Sibiu (centro) celebrarão este dia "com um programa cristão", orações e um debate sobre a história da etnia.
Por outro lado, a Agência Nacional para os Romenos, organismo governamental responsável pela integração dos ciganos, destaca que mais de 80% situam-se abaixo da linha da pobreza. Além disso, este povo é discriminado e sua alta taxa de abandono escolar perpetua as diferenças socioculturais.
Os ciganos, da mesma forma que outras 16 minorias étnicas da Romênia, estão representados no Parlamento por um deputado designado democraticamente. Além disso, esta comunidade tem um partido político, o Partida Romilor, dirigido por sua elite.
Os ciganos chegaram a terras romenas na primeira metade do século XIII com a invasão dos mongóis, que os traziam como escravos, e assim continuaram nas propriedades de príncipes romenos, de monastérios e latifundiários durante mais de 500 anos.
Após a abolição da escravatura, os ciganos continuaram sendo marginalizados.
Nos anos 40 do século XX, os ciganos foram vítimas do holocausto, deportados pelo Governo do marechal Ion Antonescu para a república moldávia de Transnístria (entre Romênia e Ucrânia) como elementos anti-sociais, sobretudo os nômades.
A Comissão romena para as vítimas do Holocausto estima que 36 mil ciganos romenos morreram de frio, inanição e doenças nos campos de trabalho forçado da Transnístria. EFE
Fonte:
EFE
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