Repórter News - reporternews.com.br
Áustria julga historiador que negou Holocausto
O historiador britânico David Irving afirmou na segunda-feira ser culpado das acusações de ter negado 17 anos atrás a existência do Holocausto, mas disse a uma corte austríaca que os arquivos pessoais do nazista Adolf Eichmann haviam-no feito mudar de idéia.
Irving, 68, pode ser condenado a até dez anos de prisão na Áustria devido a declarações dadas por ele em uma entrevista concedida em 1989 e em discursos pronunciados quando visitou o país, onde é crime negar o genocídio nazista de judeus.
"Não sou um negacionista do Holocausto. Obviamente, mudei de opinião", disse Irving, um historiador que publicou muitos livros sobre a história da Alemanha nazista e sobre a Segunda Guerra Mundial.
As declarações foram dadas a repórteres quando ele se dirigia para uma corte de Viena.
Questionado pelo juiz presidente Peter Liebetreu sobre se havia negado, em discursos feitos em 1989, que os nazistas tinham matado milhões de judeus, Irving disse que havia feito isso até ver os arquivos pessoais de Adolf Eichmann, o principal organizador do Holocausto.
"Eu disse aquilo com base em meus conhecimentos à época. Mas, em 1991, quando vi os papéis de Eichmann, não falei mais aquilo e não diria isso agora", afirmou Irving.
"Os nazistas realmente assassinaram milhões de judeus", disse o historiador, que respondeu às perguntas da corte em alemão fluente.
PROMOTORIA
As declarações de Irving não conseguiram impressionar o promotor Michael Klackl, que chamou o réu, em seu pronunciamento inicial, de um falsificador da história fantasiado de mártir por extremistas da direita.
"O David Irving que ouvi hoje na corte não era o David Irving que conheci quando me preparava para este julgamento", disse Klackl à Reuters quando a corte entrou em recesso para almoço.
"A corte terá de decidir se Irving fez uma confissão honesta ou se apenas adotou uma tática (para reduzir sua pena)", afirmou o promotor.
O historiador foi detido em novembro com base em um mandato de prisão expedido em 1989. Ele pode ser condenado a uma pena que vai de um a dez anos de prisão. Segundo Klackl, a confissão de Irving poderia convencer a corte a impor uma pena menos severa.
O advogado do réu, Elmar Kresbach, pediu que a Justiça fosse leniente porque Irving havia mudado de opinião e não era uma ameaça à democracia austríaca.
O promotor, no entanto, disse que o acusado continuava a ser um ícone dos neonazistas e dos historiadores revisionistas em todo o mundo.
Uma corte formada por oito jurados leigos e três juízes deve divulgar o veredicto ainda na segunda-feira.
Irving acabou detido quando estava a caminho de um encontro da fraternidade estudantil austríaca Olympia, de extrema direita, a fim de fazer um discurso. O réu compareceu a encontros de historiadores negacionistas mesmo depois da época em que afirma ter mudado de opinião a respeito do Holocausto.
Irving, 68, pode ser condenado a até dez anos de prisão na Áustria devido a declarações dadas por ele em uma entrevista concedida em 1989 e em discursos pronunciados quando visitou o país, onde é crime negar o genocídio nazista de judeus.
"Não sou um negacionista do Holocausto. Obviamente, mudei de opinião", disse Irving, um historiador que publicou muitos livros sobre a história da Alemanha nazista e sobre a Segunda Guerra Mundial.
As declarações foram dadas a repórteres quando ele se dirigia para uma corte de Viena.
Questionado pelo juiz presidente Peter Liebetreu sobre se havia negado, em discursos feitos em 1989, que os nazistas tinham matado milhões de judeus, Irving disse que havia feito isso até ver os arquivos pessoais de Adolf Eichmann, o principal organizador do Holocausto.
"Eu disse aquilo com base em meus conhecimentos à época. Mas, em 1991, quando vi os papéis de Eichmann, não falei mais aquilo e não diria isso agora", afirmou Irving.
"Os nazistas realmente assassinaram milhões de judeus", disse o historiador, que respondeu às perguntas da corte em alemão fluente.
PROMOTORIA
As declarações de Irving não conseguiram impressionar o promotor Michael Klackl, que chamou o réu, em seu pronunciamento inicial, de um falsificador da história fantasiado de mártir por extremistas da direita.
"O David Irving que ouvi hoje na corte não era o David Irving que conheci quando me preparava para este julgamento", disse Klackl à Reuters quando a corte entrou em recesso para almoço.
"A corte terá de decidir se Irving fez uma confissão honesta ou se apenas adotou uma tática (para reduzir sua pena)", afirmou o promotor.
O historiador foi detido em novembro com base em um mandato de prisão expedido em 1989. Ele pode ser condenado a uma pena que vai de um a dez anos de prisão. Segundo Klackl, a confissão de Irving poderia convencer a corte a impor uma pena menos severa.
O advogado do réu, Elmar Kresbach, pediu que a Justiça fosse leniente porque Irving havia mudado de opinião e não era uma ameaça à democracia austríaca.
O promotor, no entanto, disse que o acusado continuava a ser um ícone dos neonazistas e dos historiadores revisionistas em todo o mundo.
Uma corte formada por oito jurados leigos e três juízes deve divulgar o veredicto ainda na segunda-feira.
Irving acabou detido quando estava a caminho de um encontro da fraternidade estudantil austríaca Olympia, de extrema direita, a fim de fazer um discurso. O réu compareceu a encontros de historiadores negacionistas mesmo depois da época em que afirma ter mudado de opinião a respeito do Holocausto.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/318003/visualizar/
Comentários