Repórter News - reporternews.com.br
Lula mantém Palocci para evitar incerteza na campanha
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu manter no cargo, até dezembro, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Lula quer sinalizar que não haverá mudanças na política econômica e preservar o núcleo central do governo ao longo da campanha eleitoral, disse hoje uma fonte do Planalto.
Para reduzir ao mínimo as alterações no núcleo central do governo, Lula cogita entregar a coordenação geral da campanha ao presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini, e não a um de seus ministros, acrescentou a fonte, embora essa hipótese ainda esteja de pé.
Palocci ficará no cargo como uma espécie de "refém" da estabilidade econômica. Lula não dispõe de um petista com as mesmas credenciais do ministro da Fazenda e pondera que a substituição poderia trazer incertezas indesejáveis durante a campanha.
"A política econômica pode ser considerada conservadora por setores do PT, mas proporcionou a retomada do crescimento e o avanço do País", disse a fonte, que falou à Reuters na condição de ter seu nome preservado. "Além disso, o ministro da Fazenda é um petista de filiação e de origem, e isso conta muito para o presidente Lula", acrescentou.
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Murilo Portugal, tem a confiança de Palocci para substitui-lo mas não dispõe de passaporte partidário nem da intimidade de Lula para receber uma eventual promoção.
O futuro político do ministro da Fazenda ficaria, dessa forma, atrelado ao sucesso do projeto de reeleição. Se Lula vencer, Palocci deve permanecer na equipe, embora o presidente não tenha firmado nenhum compromisso nesse sentido, com ele ou com qualquer outro auxiliar, acrescentou a fonte.
Alencar Em outra sinalização de que tende à estabilidade, Lula voltou a trabalhar com a idéia de repetir, em outubro, a chapa de 2002, com o empresário José Alencar (PMR) na vice. A prioridade para a vice ainda é do PMDB, condicionada ao fracasso do movimento de setores do partido pelo lançamento de candidatura própria.
Alencar deixará o Ministério da Defesa em março, ficando disponível para disputar qualquer cargo em outubro. O vice disse a Lula e a ministros que a família deseja que ele encerre a carreira política, mas ainda não se decidiu. "Mesmo tendo ficado surpreso com a opção partidária do José Alencar (que trocou o PL pelo pequeno PMR), Lula respeita o vice e valoriza mais o fato de ele ser um empresário aliado e ser de Minas, segundo maior colégio eleitoral", argumentou a fonte.
Lula está conversando com os ministros que têm projetos eleitorais e precisam deixar o governo até o final de março para cumprir a lei eleitoral. O presidente, segundo a fonte do Planalto, quer tratar os casos isoladamente e promover substituições "técnicas", evitando dar às mudanças o caráter necessariamente político de uma reforma ministerial ampla.
Da coordenação de governo, Lula deve perder Jaques Wagner (Relações Institucionais), do PT, candidato ao governo da Bahia, e Ciro Gomes (Integração Nacional), do PSB, sem planos definidos. Restarão, além de Palocci, Dilma Roussef (Casa Civil), Luiz Dulci (Secretaria-Geral) e Marcio Thomaz Bastos (Justiça).
A manutenção desse núcleo central dará a Lula mais segurança para mergulhar na campanha, a partir de julho. Ao contrário do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) - que em 1998 reelegeu-se usando mais o Palácio do Planalto do que os comícios - Lula planeja viajar pelo País e valorizar o contato direto com as massas, que julga ser sua especialidade.
Para reduzir ao mínimo as alterações no núcleo central do governo, Lula cogita entregar a coordenação geral da campanha ao presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini, e não a um de seus ministros, acrescentou a fonte, embora essa hipótese ainda esteja de pé.
Palocci ficará no cargo como uma espécie de "refém" da estabilidade econômica. Lula não dispõe de um petista com as mesmas credenciais do ministro da Fazenda e pondera que a substituição poderia trazer incertezas indesejáveis durante a campanha.
"A política econômica pode ser considerada conservadora por setores do PT, mas proporcionou a retomada do crescimento e o avanço do País", disse a fonte, que falou à Reuters na condição de ter seu nome preservado. "Além disso, o ministro da Fazenda é um petista de filiação e de origem, e isso conta muito para o presidente Lula", acrescentou.
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Murilo Portugal, tem a confiança de Palocci para substitui-lo mas não dispõe de passaporte partidário nem da intimidade de Lula para receber uma eventual promoção.
O futuro político do ministro da Fazenda ficaria, dessa forma, atrelado ao sucesso do projeto de reeleição. Se Lula vencer, Palocci deve permanecer na equipe, embora o presidente não tenha firmado nenhum compromisso nesse sentido, com ele ou com qualquer outro auxiliar, acrescentou a fonte.
Alencar Em outra sinalização de que tende à estabilidade, Lula voltou a trabalhar com a idéia de repetir, em outubro, a chapa de 2002, com o empresário José Alencar (PMR) na vice. A prioridade para a vice ainda é do PMDB, condicionada ao fracasso do movimento de setores do partido pelo lançamento de candidatura própria.
Alencar deixará o Ministério da Defesa em março, ficando disponível para disputar qualquer cargo em outubro. O vice disse a Lula e a ministros que a família deseja que ele encerre a carreira política, mas ainda não se decidiu. "Mesmo tendo ficado surpreso com a opção partidária do José Alencar (que trocou o PL pelo pequeno PMR), Lula respeita o vice e valoriza mais o fato de ele ser um empresário aliado e ser de Minas, segundo maior colégio eleitoral", argumentou a fonte.
Lula está conversando com os ministros que têm projetos eleitorais e precisam deixar o governo até o final de março para cumprir a lei eleitoral. O presidente, segundo a fonte do Planalto, quer tratar os casos isoladamente e promover substituições "técnicas", evitando dar às mudanças o caráter necessariamente político de uma reforma ministerial ampla.
Da coordenação de governo, Lula deve perder Jaques Wagner (Relações Institucionais), do PT, candidato ao governo da Bahia, e Ciro Gomes (Integração Nacional), do PSB, sem planos definidos. Restarão, além de Palocci, Dilma Roussef (Casa Civil), Luiz Dulci (Secretaria-Geral) e Marcio Thomaz Bastos (Justiça).
A manutenção desse núcleo central dará a Lula mais segurança para mergulhar na campanha, a partir de julho. Ao contrário do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) - que em 1998 reelegeu-se usando mais o Palácio do Planalto do que os comícios - Lula planeja viajar pelo País e valorizar o contato direto com as massas, que julga ser sua especialidade.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/318006/visualizar/
Comentários