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Polícia Brasil
Segunda - 20 de Fevereiro de 2006 às 09:27

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O traficante D.N., de 14 anos, e seu cúmplice E.S., de 16, foram presos no Jardim Industriário após invadir uma casa e fazer três pessoas reféns. Uma das vítimas se trancou no banheiro e começou a gritar. Os dois assaltantes tentaram roubar um Gol que estava na garagem, mas diante dos gritos resolveram soltar as vítimas e fugiram a pé. Policiais militares que faziam rondas pelas proximidades prenderam a dupla.

Apesar da pouca idade, D.N. disse à polícia que chefia bocas-de-fumo no Jardim Passaredo e em Várzea Grande, controlando a venda de pasta-base. Ainda confessou ter assassinado Edson Edízio Silva Moraes, de 19 anos, com quatro tiros. O crime ocorreu no dia 27 de novembro do ano passado.

A prisão da dupla ocorreu anteontem, por volta das 21 horas, minutos após fugiram da casa. O traficante estava com um revólver calibre 32 na cintura. Tentou reagir, mas acabou detido pelos policiais da Força Tática do 9o Batalhão.

De acordo com uma das vítimas, os dois adolescentes armados com revólveres invadiram a casa procurando jóias e dinheiro. Como os moradores não tinham, exigiram um celular. Três mulheres foram obrigadas a deitar-se no chão. Uma delas, no entanto, correu e se trancou num banheiro. Em seguida, começou a gritar para chamar a atenção dos vizinhos.

O traficante, então, arrombou a porta e colocou o cano da arma na boca da mulher. O adolescente exigiu que ela entregasse as chaves do carro. “Disse para ele que o carro é de um policial que aluga a área como garagem”, relatou a vítima aos policiais militares. Os garotos perceberam que algumas pessoas se aproximaram e fugiram a pé.

Na Delegacia Metropolitana da capital, D.N. disse que é assaltante desde os 12 anos. Estava preso no Complexo do Pomeri cumprindo atividades sócio-educativas por roubo. Pagou R$ 300 pelo revólver, que havia guardado em sua casa no Tijucal.

Horas antes do assalto, o adolescente encontrou-se com o cúmplice no bairro Tijucal. Este perguntou-lhe se estava armado. “Então mostrei o revólver na cintura”, disse D.N. De lá, foram até o Jardim Industriário. O cúmplice não quis entrar na casa. Mostrou que estava armado, mas ficou na porta.

O adolescente, no entanto, negou que tivesse agredido as vítimas. Acrescentou que resolveu fugir porque não conseguiu levar o automóvel. Segundo ele, a idéia inicial era levar o carro e revendê-lo, mas “dá mais dinheiro”. O cúmplice, por sua vez, disse ser a primeira vez que participa de um assalto.

No início da manhã, os dois foram encaminhados para a Delegacia Especializada do Adolescente (DEA). Amanhã, serão apresentados na Vara da Infância e Juventude. A promotoria da Infância e Juventude poderá pedir a internação deles por até três anos.





Fonte: Diário de Cuiabá

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