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Silvio Santos "tapa o buraco" com programa "Ver Pra Crer"
Não bastassem as tramas mexicanas, suas versões nacionalizadas e enlatados em geral, que recheiam sua grade diária, o SBT resolveu lançar o programa Ver Pra Crer. Trata-se de uma "coletânea" de imagens inusitadas apresentadas por Celso Portiolli e César Filho, como assaltos em lojas de conveniências, acidentes cinematográficos, explosões de caminhões com vazamento de materiais tóxicos e até mesmo resgates de animais de estimação ou seqüestros de bebês, por exemplo.
Ou seja, reproduções de vídeos amadores muitas vezes fora de foco, com imagens distorcidas, interferências e nenhuma técnica de enquadramento, o que já era de se esperar. Já o áudio, de tão ruim, foi suprimido da exibição. Em seu lugar, músicas que tentam criar um clima angustiante - mas só conseguem incomodar quem tenta assistir.
Até aí nenhuma grande novidade, a não ser a péssima seleção de imagens, que de "espetaculares" têm muito pouco. Como o programa é exibido quatro vezes por semana, segunda, terça, quinta e sexta, durante meia hora, das 22 às 22h30, é necessário encher muita lingüiça nestas duas horas semanais e a edição do que poderia ser mais interessante é conseqüentemente prejudicada. Se a intenção é exibir uma produção na batidíssima linha "vídeos incríveis", uma vez por semana seria mais do que suficiente.
Como ficou uma brecha na programação da noite - neste horário era exibido o inexplicável game Família Feud - parece que Silvio Santos resolveu simplesmente "tapar o buraco" com Ver Pra Crer. Além disso, a impressão que fica é como se o "dono do baú" não tivesse muito o que oferecer à dupla de apresentadores, pelo menos até a provável rescisão de contrato de Gugu. Sendo assim, possivelmente César e Celso devem ser deslocados também para o "revezamento" de apresentadores nas tardes de domingo.
Mas antes que isso possa acontecer, os dois apresentadores até que surpreendem à frente do programa de imagens inusitadas - que na estréia registrou média de 7 pontos com pico de 10, a mesma alcançada anteriormente no horário. Ambos estão à vontade no comando do programa, apesar de se perceber que eles "batem cabeça" no cenário e que a voz de Celso anda cada vez mais antiquada e empostada, o que dá um toque um tanto provinciano à produção.
Bastaria a análise de um programa piloto para concluir que um apresentador seria mais do que suficiente para ler as chamadas dos vídeos. Isso sem falar que o cenário do SBT mais uma vez peca pelo excesso de informações. Uma multiplicidade de detalhes, duas tevês de plasma para mostrar as imagens, painéis e uma grande variedade de cores chegam a causar uma poluição visual.
Deixando de lado alguns equívocos, passíveis de serem facilmente resolvidos - como enxugar o cenário e colocar um figurino um pouco mais descontraído nos apresentadores -, o programa poderia até ter um lado curioso. Isso se as imagens não fossem tão inexpressivas, pois muitas vezes parecem simples "videocassetadas", como os tombos de esquiadores ou cortadores de árvores, por exemplo. Mas antes pecar por cenas menos impactantes do que pela bizarrice. Pelo menos o público fica livre de imagens chocantes, capazes de embrulhar os estômagos mais sensíveis.
Afinal, cenas mais brutais tornariam mais difícil conseguir anunciantes. E Ver Pra Crer já conta com parcas marcas associadas à sua imagem. Em meio à profusão de chamadas de programas da emissora, nos intervalos pode-se ver comerciais dos refrigerantes Dolly, do último CD da cantora Mariah Carey e de um produto da casa, o Computador do Milhão - apesar do nome imponente, trata-se apenas de um microcomputador que já vai com o "software" do jogo Show do Milhão instalado, financiado pelo Banco Panamericano, que é a divisão financeira do Grupo Sílvio Santos.
Para um programa que parece ter vindo de bônus na compra de outras produções e que apenas precisa de um cenário para ir ao ar, o Ver Pra Crer pelo menos não gera maiores despesas para o criador do bordão "Quem quer dinheiro?".
Ou seja, reproduções de vídeos amadores muitas vezes fora de foco, com imagens distorcidas, interferências e nenhuma técnica de enquadramento, o que já era de se esperar. Já o áudio, de tão ruim, foi suprimido da exibição. Em seu lugar, músicas que tentam criar um clima angustiante - mas só conseguem incomodar quem tenta assistir.
Até aí nenhuma grande novidade, a não ser a péssima seleção de imagens, que de "espetaculares" têm muito pouco. Como o programa é exibido quatro vezes por semana, segunda, terça, quinta e sexta, durante meia hora, das 22 às 22h30, é necessário encher muita lingüiça nestas duas horas semanais e a edição do que poderia ser mais interessante é conseqüentemente prejudicada. Se a intenção é exibir uma produção na batidíssima linha "vídeos incríveis", uma vez por semana seria mais do que suficiente.
Como ficou uma brecha na programação da noite - neste horário era exibido o inexplicável game Família Feud - parece que Silvio Santos resolveu simplesmente "tapar o buraco" com Ver Pra Crer. Além disso, a impressão que fica é como se o "dono do baú" não tivesse muito o que oferecer à dupla de apresentadores, pelo menos até a provável rescisão de contrato de Gugu. Sendo assim, possivelmente César e Celso devem ser deslocados também para o "revezamento" de apresentadores nas tardes de domingo.
Mas antes que isso possa acontecer, os dois apresentadores até que surpreendem à frente do programa de imagens inusitadas - que na estréia registrou média de 7 pontos com pico de 10, a mesma alcançada anteriormente no horário. Ambos estão à vontade no comando do programa, apesar de se perceber que eles "batem cabeça" no cenário e que a voz de Celso anda cada vez mais antiquada e empostada, o que dá um toque um tanto provinciano à produção.
Bastaria a análise de um programa piloto para concluir que um apresentador seria mais do que suficiente para ler as chamadas dos vídeos. Isso sem falar que o cenário do SBT mais uma vez peca pelo excesso de informações. Uma multiplicidade de detalhes, duas tevês de plasma para mostrar as imagens, painéis e uma grande variedade de cores chegam a causar uma poluição visual.
Deixando de lado alguns equívocos, passíveis de serem facilmente resolvidos - como enxugar o cenário e colocar um figurino um pouco mais descontraído nos apresentadores -, o programa poderia até ter um lado curioso. Isso se as imagens não fossem tão inexpressivas, pois muitas vezes parecem simples "videocassetadas", como os tombos de esquiadores ou cortadores de árvores, por exemplo. Mas antes pecar por cenas menos impactantes do que pela bizarrice. Pelo menos o público fica livre de imagens chocantes, capazes de embrulhar os estômagos mais sensíveis.
Afinal, cenas mais brutais tornariam mais difícil conseguir anunciantes. E Ver Pra Crer já conta com parcas marcas associadas à sua imagem. Em meio à profusão de chamadas de programas da emissora, nos intervalos pode-se ver comerciais dos refrigerantes Dolly, do último CD da cantora Mariah Carey e de um produto da casa, o Computador do Milhão - apesar do nome imponente, trata-se apenas de um microcomputador que já vai com o "software" do jogo Show do Milhão instalado, financiado pelo Banco Panamericano, que é a divisão financeira do Grupo Sílvio Santos.
Para um programa que parece ter vindo de bônus na compra de outras produções e que apenas precisa de um cenário para ir ao ar, o Ver Pra Crer pelo menos não gera maiores despesas para o criador do bordão "Quem quer dinheiro?".
Fonte:
TV Press
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/318112/visualizar/
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