Delcídio se diz surpreso com ato de seu segurança

O presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), disse que ficou surpreso em descobrir que o segurança particular da família era o autor das ameaças feita aos seus parentes. "Não esperava que fosse ele o autor das ameaças", disse. A Polícia Federal chegou até Marcos André Ávila Oliveira, 28 anos, por causa de detalhes da carta que revelavam intimidades da família do petista.

No dia em que recebeu a carta, Delcídio chegou a chorar durante solenidade no Congresso. Ele denunciou a ameaça no início da sessão na qual foi ouvido Dimas Toledo, ex-diretor de Furnas e supostamente autor da lista com os nomes de políticos que teriam sido beneficiados com dinheiro da estatal.

A carta dizia: "Estou de olho em você, na sua família e na sua equipe de segurança. Acho melhor ficar atento, pois não estou brincando. Fique esperto".

Imaginando que o caso estaria relacionado às investigações da CPI, o senador chegou a afirmar que não iria se intimidar e pediu ajuda ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos

Segundo o delegado Jonas Cleber Cossatti, que chefiou as investigações, o vigilante queria apenas valorizar seu trabalho e melhorar o contrato de prestação de serviços de segurança para a família do senador.

Oliveira foi contratado pelo parlamentar, por meio de uma empresa de segurança sediada em Campo Grande (MS), para proteger sua família. "Como a minha esposa e minhas filhas ficam sozinhas a noite, o Marcos e outro segurança revezavam o trabalho na casa entre 7h da noite e 7h da manhã", afirmou Delcído.