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Domingo - 19 de Fevereiro de 2006 às 09:08

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A consolidação do núcleo de teledramaturgia da Record segue de vento em popa. O marco deste "passo adiante" da emissora é a inauguração de seu novo horário de novelas. Na segunda quinzena de março - a data ainda não foi definida - estréia Cidadão Brasileiro, trama que irá preencher a faixa das 21h.

Para dar suporte às gravações, que começaram em meados de janeiro, a Record construiu uma cidade cenográfica em Bragança Paulista, no interior de São Paulo. Tudo para que a novela, de Lauro César Muniz, tenha todas as condições de conquistar uma fatia do público no horário nobre da tevê. "Além de inaugurar um novo horário, a gente vai enfrentar Belíssima e depois uma novela do Manoel Carlos. Não vai ser fácil", prevê o diretor Flávio Colatrello.

Para "emplacar" uma novela em horário nobre, a Record não poupou investimentos. A cidade cenográfica foi construída em uma fazenda e custou R$ 1,5 milhão. Além disso, cada um dos 197 capítulos previstos inicialmente deverá custar em torno de R$ 150 mil aos cofres da emissora. Mas a aposta da Record não se limita à estrutura. Cidadão Brasileiro acena com um elenco que mescla atores experientes como Lucélia Santos e Cecil Thiré e jovens promissores como Bruno Ferrari, Maitê Piragibe e Luiza Curvo.

Para personificar o tal Cidadão Brasileiro foi escalado Gabriel Braga Nunes. Para o ator, que já trabalhou na emissora em Essas Mulheres, a evolução da teledramaturgia da Record é sensível. "Essas Mulheres tinha uma produção mais simples, já Cidadão Brasileiro é mais complexa, com muitos eventos, externas e até perseguições automobilísticas", compara.

Cidadão Brasileiro será mais uma das sagas comuns ao universo de Lauro César Muniz, que tem em seu currículo produções "épicas" como Escalada, de 1975, e O Casarão, de 1976. Dessa vez, Lauro César contará a trajetória de Antônio Maciel, de Gabriel Braga Nunes, desde 1955 até 2006. Talvez para dar sorte, até o nome do protagonista deixa explícita a identidade com os maiores sucessos do autor.

O Antonio é "herdado" do Antonio Dias, protagonista de Escalada, vivido por Tarcísio Meira, enquanto o Maciel vem do João Maciel, principal personagem de O Casarão, interpretado por Gracindo Junior e Paulo Gracindo. Nesses mais de 50 anos que serão retratados em Cidadão Brasileiro, Antonio Maciel irá vencer na vida e perder tudo por mais de uma vez, além de se envolver com diferentes mulheres.

Como pano de fundo, a trama pretende apresentar um painel do país que inclui a construção de Brasília, o regime militar e a abertura política, entre outros momentos. Em sua saga, o protagonista terá aliados como Homero, um jornalista comunista interpretado por Tuca Andrada. "É muito prazeroso um trabalho de época, porque a gente pode pesquisar um período histórico", avalia o ator, recém-chegado à emissora.

Quem também estará na nova trama da Record é Lucélia Santos. Curiosamente, a atriz estréia na emissora no horário onde hoje é reapresentado o "remake" de A Escrava Isaura, papel que ela consagrou. Lucélia estava fora das novelas desde a temporada 2001 de Malhação, quando viveu a médica Jaque.

Nesses cinco anos em que não esteve no ar, a atriz se dividiu entre a produção e a direção de documentários para o cinema. O projeto da Record e o convite de Lauro César Muniz e Flávio Colatrello, contudo, foram mais fortes.

Na trama, ela será Fausta, uma mulher de caráter duvidoso que, em um dado momento, irá se envolver com o protagonista. Lucélia comemora o fato de ser lembrada para um papel de destaque, mesmo que já não seja mais uma típica mocinha. "O convite foi irresistível. Se você pensar bem, já se vão 30 anos desde A Escrava Isaura", contabiliza.

Como não poderia ser diferente, a nova novela da Record vai ao ar repleta de atores associados às produções "globais". No elenco de Cidadão Brasileiro estão, além dos nomes já citados, Floriano Peixoto, Carla Regina, Taumaturgo Ferreira, Paloma Duarte, Luiza Tomé e Gracindo Júnior, entre outros.

Obviamente, a expansão de um novo mercado e a abertura de mais uma frente de trabalho são exaltados por atores e demais profissionais de televisão. Para o experiente Cecil Thiré, a Record merece crédito pela ousadia de competir com a Globo no horário nobre. "Está sendo feito um grande trabalho, um trabalho de caráter desbravador", empolga-se.





Fonte: Terra

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