Candidato processado por tráfico sexual renuncia no Peru

O candidato presidencial do "Projeto País" Marco Antonio Arrunátegui, processado por tráfico sexual de menores no Peru, desistiu de concorrer no pleito de abril, informaram hoje a EFE porta-vozes oficiais.

No final de janeiro, a Justiça do país iniciou um processo contra Arrunátegui pelo suposto delito, após descobrir que mantinha relações sexuais com menores de idade.

A denúncia significou um golpe para Arrunátegui que se transformou imediatamente no protagonista midiático da crise política que vive o país andino desde meados dos anos 90 onde reina a improvisação, pouca preparação acadêmica, a falta de ética e os fins lucrativos acima de todas as coisas.

A renúncia de Arrunátegui de ser candidato no Peru deixa em 20 o número de postulantes a suceder Alejandro Toledo nas eleições de abril.

Em 9 de janeiro, data de encerramento das inscrições das chapas presidenciais, apresentaram-se vinte e quatro aspirantes, o maior número na história do Peru e que superou as oito apresentadas em 2001 e as nove no pleito de 2000.

O primeiro candidato excluído da disputa eleitoral foi o ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000) após uma resolução do Tribunal Nacional Eleitoral, que assinalou que segundo a inabilitação do Congresso peruano, o ex-governante não pode exercer cargo público algum até 2011.

Após a inabilitação de Fujimori, renunciaram à candidatura presidencial o ex-embaixador do Peru na Espanha, Fernando Olivera; Rafael Belaunde; do partido governista "Peru Possível" e agora Marco Antonio Arrunátegui.

Segundo as últimas pesquisas, a candidata conservadora Lourdes Flores está em primeiro lugar; seguida pelo ex-militar e candidato nacionalista, Ollanta Humala, que enfrenta acusações de violação dos direitos humanos, e os ex-presidentes Alan García (1985-1990) e Valentín Paniagua (2000-2001).