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Quarta - 09 de Janeiro de 2013 às 06:54
Por: KAMILA ARRUDA

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Tchélo Figueiredo/DC
O prefeito Mauro Mendes se reuniu ontem à tarde com seus secretários na Federação das Indústrias de Mato Grosso
O prefeito Mauro Mendes se reuniu ontem à tarde com seus secretários na Federação das Indústrias de Mato Grosso
A fim de prevenir possíveis “surpresas”, o prefeito Mauro Mendes (PSB) determinou a paralisação de todas as obras em andamento na Capital que sejam de responsabilidade da Secretaria de Obras. A ordem para a suspensão foi dada na tarde desta segunda-feira (07) pelo secretário, Marcelo Padeiro. Os pagamentos de toda e qualquer atividade referente ao exercício anterior, que ficaram para este ano, também foram suspensos.

“Todas as obras, com exceção do tapa-buracos, foram paralisadas. A maioria delas são ligadas ao Poeira Zero e construção e reforma de pontes. Mandei parar para fazer um estudo e principalmente por causa da situação financeira da prefeitura”.

Padeiro ainda ressalta que a medida também se faz necessário pelo “tratamento dado pelos órgãos de controle” a respeito deste assunto.

“Por uma questão de precaução e pelo tratamento dado hoje pelos órgãos de controle, se você emite um pagamento ou assume uma obra, você se torna o responsável por ela. Então, para evitar problemas, nós estamos fazendo, não uma auditoria, mas um pente-fino nas obras para ver realmente aquilo que foi executado, se está tudo certo e se está de acordo com o projeto, de acordo com as planilhas orçamentárias. Só a partir de então vamos fazer a emissão do aceite da obra. É uma media de precaução”, explica o gestor.

De acordo com ele, as obras só vão ser retomadas quando houver dinheiro em caixa para efetuar os pagamentos. “Essas obras vão passa pelas adequações dos estudos que nós estamos fazendo, e depois principalmente pelo problema orçamentário e financeiro da Prefeitura. Não adianta eu chamar as empresas, dar ordem de serviço e não ter dinheiro em caixa para efetuar o pagamento no mês seguinte”, afirma.

Padeiro diz que se não fossem os restos a pagar deixados pela administração passada, ele já estava dando andamento em diversos projetos, como por exemplo, o Poeira Zero.

“Peguei uma secretaria estruturada, mas com o orçamento mexido, comprometido. Se no fosse isso, estaria muito bem, porque começaríamos do zero. Se não tivéssemos dividas talvez já estaria implementando o programa Poeira Zero, outros programas com recuso próprio do município, não posso porque tenho um estoque de dívidas a pagar”.

Segundo Mendes, apenas na pasta de Obras, o ex-prefeito Chico Galindo (PTB) deixou um débito de quase R$ 40 milhões, sendo R$ 30 milhões já empenhados e com nota fiscal, e R$ 10 milhões que já foram pagos, mas que não tiveram as notas fiscais apresentadas.

“Por dever de ofício nós vamos verificar tudo aquilo que for da nossa responsabilidade. Tudo aquilo que foi executado, pago e liquidado pela gestão anterior é problema do Ministério Público e Tribunal de Contas. Não tenho nenhuma responsabilidade de fiscalizar atos da gestão anterior. Agora, todo e qualquer ato da administração anterior que interferir na nossa administração, nós vamos tomar todo o cuidado legal para fazer qualquer medida”.

Apesar disso, Padeiro já tem planos para a pasta. “O que nós estamos definindo não é só fazer pavimentação, e sim aproveitar este momento da Copa e levar para Brasília a criação de grandes avenidas, para que possamos ter um planejamento futuro, principalmente na questão da mobilidade”.




Fonte: DO DC

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