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Internacional
Sábado - 18 de Fevereiro de 2006 às 15:30

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Importantes figuras dos partidos tradicionais uruguaios, Blanco e Colorado, atualmente na oposição, pressionam o presidente socialista Tabaré Vázquez para que o país deixe de fazer parte do Mercosul, informa hoje a imprensa local.

Até agora sem solução, a crise com a Argentina por causa da instalação de fábricas de celulose na cidade de Frei Bentos, perto da fronteira, "ativou no Uruguai questionamentos ao Mercosul", escreveu o jornal governista "La República".

A principal crítica é que o bloco não convocou suas instâncias para resolver o conflito como solicitou o Governo de Montevidéu.

O Mercosul tem como membros plenos o Uruguai, Brasil, Argentina e Paraguai.

Membros do Partido Nacional (Blanco) reivindicam uma revisão do sistema de integração e um estudo profundo sobre seu funcionamento para avaliar se o Mercosul "serve ou não" ao Uruguai.

O Tratado que criou o bloco foi assinado e aprovado pelo presidente Luis Alberto Lacalle, do único Governo do Partido Nacional desde o final do Governo ditatorial (1973-1985).

O atual senador Sergio Abreu, que chanceler na época, afirmou publicamente que o Mercosul está "em estado crítico". Abreu ressaltou ao jornal que o conflito gerou enormes prejuízos ao país.

"A verdade é que o Mercosul está sofrendo uma doença cujo diagnóstico ainda não sabemos, mas está comprometendo sua credibilidade", acrescentou o senador.

De acordo com Abreu, "a Argentina e o Brasil não levam em conta as posições dos países menores no Mercosul".

Já Guillermo Stirling, ex-candidato a presidente do Partido Colorado e ministro do Interior nos dois últimos Governos, comandados por Julio María Sanguinetti e Jorge Batlle, declarou que o conflito com a Argentina "é um bom motivo para repensar se o Mercosul serve ao país".

Ele pediu ao Governo de Vázquez que convoque todos os partidos políticos "para analisar se o Mercosul serve ou não". Também enfatizou que o sistema político deve avaliar se "estamos em condições de continuar ou não (no Mercosul), como aconteceu quando foi votada sua aprovação em 1992".





Fonte: Terra

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