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Nacional
Sábado - 18 de Fevereiro de 2006 às 13:26

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Rio de Janeiro - Sem sacrifício não há recompensa. Pensando assim, milhares de fãs dos Rolling Stones ocuparam desde as primeiras horas da manhã deste sábado as areias da praia de Copacabana. Muitos deles, vindos de diferentes Estados brasileiros e também do exterior, acamparam junto à grade que isola o palco e dormiram por lá mesmo. As ruas e a praia de Copacabana já estão coupadas por uma multidão para ver os Stones.

O grupo do estudante José Arturo, de 23 anos, enfrentou 33 horas de estrada de Assunção, no Paraguai, até o Rio. Os cinco amigos não se importaram de se submeter a um revezamento na barraca que montaram na areia. "O problema é que já estamos cansados e o show nem começou ainda", disse Arturo. O objetivo dos paraguaios era o mesmo de todos: ficar o mais perto possível dos Stones.

Vista privilegiada teria o comerciante Samuel Campos Branquinho, de 39 anos. Ele amarrou uma rede no alto de uma árvore que fica bem em frente ao palco, no canteiro central da Avenida Atlântica. A idéia foi da mulher de Branquinho, mas foi ele quem comprou a rede. "A gente ia ficar sentado nos galhos, mas passou um vendedor e consegui negociar e baixar o preço da rede de R$180 para R$ 70. É muito mais confortável", contou o comerciante que veio de Brasília e está hospedado em Copacabana.

O canteiro ficou lotado de pessoas que não tiravam os olhos das janelas do Copacabana Palace à espera de algum integrante da banda. O guitarrista Ron Wood surgiu às 3 horas da madrugada, quando era pequena a concentração de fãs. Ele usava uma camisa amarela da seleção brasileira de futebol, assim como na sexta-feira. Wood acenou para o público e acompanhou da janela parte do teste de luz que era feito por técnicos no palco. Os quatro músicos preferiram descansar no hotel a passear pela cidade.



Nada igual Apesar da grande quantidade de pessoas, não houve tumultos na praia durante a manhã. A barraca da PM localizada perto da grade de contenção não havia registrado ocorrências até o início da tarde. Os aficionados pelos Stones aproveitaram o dia de sol de verão carioca. Algumas moças já vieram de biquíni por baixo das camisetas da banda para se bronzear. Grupos trouxeram violões e cantaram músicas das bandas. Histórias de aventuras anteriores eram contadas para passar o tempo. O público era composto de grupos de amigos, namorados e algumas poucas famílias. A maioria era de jovens, mas não faltaram fãs das antigas. O casal, Marina Ferreira e Luiz Carlos Elias, ambos de 55 anos, fizeram questão de chegar bem cedo. Eles vieram de carro, de Florianópolis, com três amigos, numa jornada de 16 horas. "Somos fãs há 40 anos. Para mim não existe nada igual a eles. Queria até ter vindo antes", brincou Marina.

Bombeiros do setor de diversões públicas fizeram uma vistoria no palco hoje de manhã e o liberaram para o espetáculo. O gerente de produção dos Rolling Stones, Dale Skjerseth, acompanhava com empolgação os últimos acertos feito pelos técnicos. "Está tudo pronto, tudo certo", disse. Ele informou que os músicos subiram ao palco por volta das 21h30 e que, antes disso, quando o sol baixasse, seria feito o último teste de som.

As ruas de Copacabana ficaram cheias, assim como as lanchonetes. Os fãs que vieram de fora, tomaram banho nos postos da prefeitura na praia. A frente do Copacabana Palace foi cercada por um alambrado para evitar a entrada de fãs. O Departamento de Controle Urbano da prefeitura coibiu a atuação de ambulantes que tentaram se instalar na areia. Já no calçadão, vendedores aturam livremente comercializando camisetas, faixas, bandanas e adesivos. Todos ilustrados com a boca que é símbolo da banda inglesa.





Fonte: Agência Estado

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