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Moradores protestavam contra a instalação de postes de alta tensão na calçada das casas e entraram em conflito com policiais
Tumulto resulta na prisão de três
Três moradores da rua Rouxinol, no bairro Santa Amália, em Cuiabá, acabaram presos por tentar impedir a instalação de uma linha de alta tensão pela Rede Cemat. A fiação é questionada devido ao tamanho dos postes (mais de 20 metros) que serão fixados nas calçadas.
As prisões ocorreram porque os moradores fizeram uma barreira humana para bloquear o acesso das máquinas da companhia elétrica à rua. A Polícia Militar foi chamada para garantir o cumprimento de uma decisão liminar favorável à concessionária.
Houve gritaria e tumulto. Cezar Augusto Almeida, morador da rua, só escapou de ser preso porque seu filho de seis anos se agarrou ao pescoço dele. Vilma Aparecida Almeida, avó da criança, disse que o menino chegou a desmaiar por causa da confusão.
A casa deles é uma das que receberá o poste na calçada. “Tem uma área verde atrás da nossa rua com mais de 100 hectares. Por que eles não passam a linha por lá? Deve ser porque o terreno aqui na nossa rua sai de graça”, reclama Vilma.
A ação da polícia foi questionada pelos moradores. Érica Haddad afirma que seu filho foi ameaçado por um policial da Rotam por estar filmando o trabalho dos operários. “Ele mandou meu filho parar de filmar se não ia ‘passar bala’ nele”, disse. Ela pretende levar o vídeo à Corregedoria da PM.
Entre os presos está o presidente da associação de moradores do bairro, Rowol Araújo. Ele afirma que havia feito um acordo com o oficial de Justiça e representantes da Cemat no dia anterior para que apenas operários entrassem na rua.
“A gente não sabe se vai ganhar ou perder essa ação na Justiça. Não podemos aceitar que eles venham com as máquinas e coloquem os postes antes disso”, justificou.
Entre as preocupações dos moradores com a instalação do linhão, como é chamado, está a rede de esgoto. Em um dos quatro buracos abertos para colocação dos postes, a tubulação já estava danificada. Operários da empresa SME Engenharia, responsável pela obra, afirmaram que o dano foi causado pelos próprios moradores, mas garantiram que restaurariam a rede.
Os moradores temem ainda a desvalorização dos imóveis da rua e eventuais riscos que a alta tensão possa causar à segurança e saúde. Um laudo técnico elaborado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) à pedido do Ministério Público do Estado (MPE) apontou que o licenciamento da obra não atendeu determinações legais, como a realização de um Estudo de Impacto de Vizinhança.
Uma ação civil pública foi instaurada pela Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística de Cuiabá. Além disso, a associação dos moradores tenta reverter a decisão que autoriza a implantação dos postes. O recurso interposto por eles está tramitando no Tribunal de Justiça.
As prisões ocorreram porque os moradores fizeram uma barreira humana para bloquear o acesso das máquinas da companhia elétrica à rua. A Polícia Militar foi chamada para garantir o cumprimento de uma decisão liminar favorável à concessionária.
Houve gritaria e tumulto. Cezar Augusto Almeida, morador da rua, só escapou de ser preso porque seu filho de seis anos se agarrou ao pescoço dele. Vilma Aparecida Almeida, avó da criança, disse que o menino chegou a desmaiar por causa da confusão.
A casa deles é uma das que receberá o poste na calçada. “Tem uma área verde atrás da nossa rua com mais de 100 hectares. Por que eles não passam a linha por lá? Deve ser porque o terreno aqui na nossa rua sai de graça”, reclama Vilma.
A ação da polícia foi questionada pelos moradores. Érica Haddad afirma que seu filho foi ameaçado por um policial da Rotam por estar filmando o trabalho dos operários. “Ele mandou meu filho parar de filmar se não ia ‘passar bala’ nele”, disse. Ela pretende levar o vídeo à Corregedoria da PM.
Entre os presos está o presidente da associação de moradores do bairro, Rowol Araújo. Ele afirma que havia feito um acordo com o oficial de Justiça e representantes da Cemat no dia anterior para que apenas operários entrassem na rua.
“A gente não sabe se vai ganhar ou perder essa ação na Justiça. Não podemos aceitar que eles venham com as máquinas e coloquem os postes antes disso”, justificou.
Entre as preocupações dos moradores com a instalação do linhão, como é chamado, está a rede de esgoto. Em um dos quatro buracos abertos para colocação dos postes, a tubulação já estava danificada. Operários da empresa SME Engenharia, responsável pela obra, afirmaram que o dano foi causado pelos próprios moradores, mas garantiram que restaurariam a rede.
Os moradores temem ainda a desvalorização dos imóveis da rua e eventuais riscos que a alta tensão possa causar à segurança e saúde. Um laudo técnico elaborado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) à pedido do Ministério Público do Estado (MPE) apontou que o licenciamento da obra não atendeu determinações legais, como a realização de um Estudo de Impacto de Vizinhança.
Uma ação civil pública foi instaurada pela Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística de Cuiabá. Além disso, a associação dos moradores tenta reverter a decisão que autoriza a implantação dos postes. O recurso interposto por eles está tramitando no Tribunal de Justiça.
Fonte:
DO DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/31821/visualizar/
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