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Cidades/Geral
Terça - 08 de Janeiro de 2013 às 23:35
Por: Rodrigo Maciel Meloni

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Com o registro de focos de raiva animal na divisa dos municípios de Lucas de Rio Verde e Tapurah, a principal preocupação de profissionais como veterinários e de órgãos como o Instituto Mato-grossense de Defesa Agropecuária (Indea-MT), é o manuseio dos animais infectados por pessoas não capacitadas.

“O manuseio de animais infectados deve ser feito somente por veterinários que receberam as três ou quatro vacinas exigidas; depois mandamos uma amostra de sangue do vacinado para ver se o indivíduo desenvolveu titulação de anticorpos igual ou superior a 0,5 UI/ml (Unidade Internacional por ml). Caso ele esteja apto, é enviado a campo para executar o serviço junto aos animais infectados”, explica o veterinário do Indea-MT, Ernani Machado de Lima.

A preocupação se deve ao fato de que o contato com a doença e a consequente contaminação pode levar o indivíduo à morte. “É uma doença que preocupa, não há cura”, alerta o veterinário do Indea-MT. Apesar de existir protoloco para tratamento da doença, a morte é certa em quase 100% dos casos.

Muitos cidadãos são infeccionados quando fazem a leitura equivocada de problemas apresentados por animais infeccionados, ou quando manuseiam carcaça erroneamente. “Alguns produtores acham que o bovino babando pode estar engasgado com algum caroço e tentam retirar, ou na hora do enterro da caixa craniana de algum animal que foi sacrificado”, diz o veterinário.

Sobre o surgimento de focos da doença no estado, Ernani informa que o Indea-MT realiza o atendimento nas propriedades para verificar se houve exposição as pessoas, para em seguida informar a Secretaria de Saúde, que deve realizar a cobertura vacinal num raio de três quilômetros.

A cargo do Indea-MT fica a vacinação e a revacinação dos animais num raio de 12 quilômetros de onde foram detectados os casos. A revacinação ocorre de 21 a 30 dias após a primeira vacinação. A orientação dos produtores é outro procedimento tomado pelo órgão.

“O profissional faz a busca pelos morcegos hematófagos próximo a fontes de alimentação como currais ou em abrigos de morcegos; após a captura efetuamos a aplicação da pasta vampiricida, trabalho que deve ser realizado durante período lunar”, esclarece Ernani Lima.

O animal então é solto na natureza, e assim que volta ao abrigo a pasta vampiricida cumpre com sua função – eliminar os vetores da doença, ocasionando a diminuição da população de morcegos infectados pela raiva






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