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Pelo menos 1,8 mil podem ter morrido nas Filipinas
Homens caminham sobre a lama para ajudar no resgate
Equipes de resgate nas Filipinas temem que 1,8 mil pessoas possam ter morrido depois de um deslizamento de terra que atingiu a vila de Guinsaugon, na ilha de Leyte, na sexta-feira.
Uma autoridade militar, o tenente-coronel Raul Farnacio, que lidera as operações de resgate do Exército na região, afirmou que os 1,8 mil moradores do vilarejo estão desaparecidos depois que dez dias de chuva causaram o deslizamento de terra, lama e rochas.
As buscas foram retomadas na madrugada deste sábado e as equipes estão trabalhando com lama à altura do peito.
Rodel Bontuyan, gerente de projeto da ONG Plano Internacional em Leyte, disse que teme-se de novos deslizamentos.
"Comunidades vizinhas estão sendo evacuadas, levadas para centros de desabrigados, para evitar possíveis deslizamentos em vilarejos vizinhos".
Vivos
O número de desaparecidos corresponde à mais da metade da população da vila de Guinsaugon, que ficou praticamente destruída com o desabamento de uma encosta de montanha após dez dias de chuva.
"Tudo está enterrado", disse Eugene Pilo, que sobreviveu ao desastre, ocorrido na sexta-feira de manhã. "Todos se foram."
Apenas algumas dezenas de pessoas foram retiradas com vida da lama.
Entre as construções soterradas, está uma escola cheia de crianças e mães que estavam reunidas para celebrar o Dia da Mulher.
A presidente Gloria Arroyo ordenou o envio de embarcações militares e da guarda-costeira para a área para servirem como hospitais flutuantes e centros de comando para as operações de resgate.
O tenente-coronel Raul Farnacio, disse à agência de notícias Reuters que 19 corpos foram tirados da lama e 57 pessoas tinham sido encontradas com vida.
"Já se passaram 24 horas mas nunca se sabe. Milagres acontecem", disse Farnacio.
Essencialmente agrícola, a vila de Guinsaugon fica na província de Leyte do Sul, a 675 km da capital filipina, Manila.
Segundo a enviada especial da BBC a Guinsaugon, Sarah Toms, que está na ilha de Leyte, nenhuma construção do vilarejo está visível depois do deslizamento, apenas telhados destruídos e árvores arrancadas pela raiz.
Trabalhadores com pás e macas de metal estão no local, mas não conseguem passar devido à grande quantidade de lama, segundo Toms.
Escola
Estima-se que 200 crianças estavam na escola no momento do deslizamento e vários pais esperam ansiosos por notícias. O resgate é dificultado pelo risco de novos deslizamentos.
A enviada especial da BBC diz que os trabalhadores de resgate se arrastam pela lama, alguns deles enterrados até o peito, aparentemente chocados eles mesmos com a escala da destruição.
Um dos temores é que um "rio" de água suja que se formou inunde a área.
Os trabalhos de resgate haviam sido interrompidos na sexta-feira à noite porque os helicópteros usados para transportar equipamentos não podem voar no escuro.
Os esforços também são prejudicados pelo fato de pontes e estradas que dão acesso à remota vila estarem obstruídos.
Somente os topos de alguns coqueiros e alguns telhados eram visíveis em Guinsaugon, que tinha uma população de 3 mil habitantes.
Ajuda internacional
Os Estados Unidos enviaram dois navios ao país e uma equipe da ONU de especialistas em desastres está a caminho.
A Cruz Vermelha também enviou um avião com equipamentos básicos e fez um apelo internacional por US$ 1,5 milhão para comprar suprimentos de emergência.
"Nós estamos esperando pelo melhor e nos preparando para o pior", disse o diretor da Cruz Vermelha filipina Richard Gordon. "Ainda tenho esperanças de que possamos tirar algumas dessas pessoas com vida."
O desabamento ocorreu depois de relatos de um pequeno terremoto na região, mas especialistas não acreditam que a tragédia tenha sido detonada apenas pelo tremor.
Sobrevivente
Dario Libatan, um dos sobreviventes descreveu o momento do deslizamento: "O barulho foi como o da explosão de uma montanha e tudo desabou. Eu não conseguia ver nenhuma casa de pé".
A região atingida enfrentou dez dias de fortes chuvas antes do desastre. Segundo Eva Tomol, membro do governo provincial do sul de Leyte, houve 200 cm de chuvas no período.
Tomol negou que o desmatamento ilegal na região possa ter contribuído para o desastre.
A governadora da província do sul de Leyte, Rosette Lerias, disse que muitos moradores já haviam deixado a região na semana passada, temendo deslizamentos de terra, mas haviam começado a regressar com a diminuição da chuva nos últimos dias.
“O solo estava realmente muito encharcado por causa da chuva. As árvores deslizavam para baixo junto com a lama”, disse ela a uma rádio local.
Uma autoridade militar, o tenente-coronel Raul Farnacio, que lidera as operações de resgate do Exército na região, afirmou que os 1,8 mil moradores do vilarejo estão desaparecidos depois que dez dias de chuva causaram o deslizamento de terra, lama e rochas.
As buscas foram retomadas na madrugada deste sábado e as equipes estão trabalhando com lama à altura do peito.
Rodel Bontuyan, gerente de projeto da ONG Plano Internacional em Leyte, disse que teme-se de novos deslizamentos.
"Comunidades vizinhas estão sendo evacuadas, levadas para centros de desabrigados, para evitar possíveis deslizamentos em vilarejos vizinhos".
Vivos
O número de desaparecidos corresponde à mais da metade da população da vila de Guinsaugon, que ficou praticamente destruída com o desabamento de uma encosta de montanha após dez dias de chuva.
"Tudo está enterrado", disse Eugene Pilo, que sobreviveu ao desastre, ocorrido na sexta-feira de manhã. "Todos se foram."
Apenas algumas dezenas de pessoas foram retiradas com vida da lama.
Entre as construções soterradas, está uma escola cheia de crianças e mães que estavam reunidas para celebrar o Dia da Mulher.
A presidente Gloria Arroyo ordenou o envio de embarcações militares e da guarda-costeira para a área para servirem como hospitais flutuantes e centros de comando para as operações de resgate.
O tenente-coronel Raul Farnacio, disse à agência de notícias Reuters que 19 corpos foram tirados da lama e 57 pessoas tinham sido encontradas com vida.
"Já se passaram 24 horas mas nunca se sabe. Milagres acontecem", disse Farnacio.
Essencialmente agrícola, a vila de Guinsaugon fica na província de Leyte do Sul, a 675 km da capital filipina, Manila.
Segundo a enviada especial da BBC a Guinsaugon, Sarah Toms, que está na ilha de Leyte, nenhuma construção do vilarejo está visível depois do deslizamento, apenas telhados destruídos e árvores arrancadas pela raiz.
Trabalhadores com pás e macas de metal estão no local, mas não conseguem passar devido à grande quantidade de lama, segundo Toms.
Escola
Estima-se que 200 crianças estavam na escola no momento do deslizamento e vários pais esperam ansiosos por notícias. O resgate é dificultado pelo risco de novos deslizamentos.
A enviada especial da BBC diz que os trabalhadores de resgate se arrastam pela lama, alguns deles enterrados até o peito, aparentemente chocados eles mesmos com a escala da destruição.
Um dos temores é que um "rio" de água suja que se formou inunde a área.
Os trabalhos de resgate haviam sido interrompidos na sexta-feira à noite porque os helicópteros usados para transportar equipamentos não podem voar no escuro.
Os esforços também são prejudicados pelo fato de pontes e estradas que dão acesso à remota vila estarem obstruídos.
Somente os topos de alguns coqueiros e alguns telhados eram visíveis em Guinsaugon, que tinha uma população de 3 mil habitantes.
Ajuda internacional
Os Estados Unidos enviaram dois navios ao país e uma equipe da ONU de especialistas em desastres está a caminho.
A Cruz Vermelha também enviou um avião com equipamentos básicos e fez um apelo internacional por US$ 1,5 milhão para comprar suprimentos de emergência.
"Nós estamos esperando pelo melhor e nos preparando para o pior", disse o diretor da Cruz Vermelha filipina Richard Gordon. "Ainda tenho esperanças de que possamos tirar algumas dessas pessoas com vida."
O desabamento ocorreu depois de relatos de um pequeno terremoto na região, mas especialistas não acreditam que a tragédia tenha sido detonada apenas pelo tremor.
Sobrevivente
Dario Libatan, um dos sobreviventes descreveu o momento do deslizamento: "O barulho foi como o da explosão de uma montanha e tudo desabou. Eu não conseguia ver nenhuma casa de pé".
A região atingida enfrentou dez dias de fortes chuvas antes do desastre. Segundo Eva Tomol, membro do governo provincial do sul de Leyte, houve 200 cm de chuvas no período.
Tomol negou que o desmatamento ilegal na região possa ter contribuído para o desastre.
A governadora da província do sul de Leyte, Rosette Lerias, disse que muitos moradores já haviam deixado a região na semana passada, temendo deslizamentos de terra, mas haviam começado a regressar com a diminuição da chuva nos últimos dias.
“O solo estava realmente muito encharcado por causa da chuva. As árvores deslizavam para baixo junto com a lama”, disse ela a uma rádio local.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/318241/visualizar/
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