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Internacional
Sexta - 17 de Fevereiro de 2006 às 18:00

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O presidente da Assembléia Consultiva Islâmica do Irã, Gholam Ali Haddad Adel, considerou hoje "útil" a proposta apresentada pela Rússia de enriquecer em seu território urânio iraniano como saída para o conflito pelo programa nuclear deste país. "Consideramos útil a proposta da Rússia e estamos dispostos a conversar com os europeus e outros países como a China", disse Haddad Adel em entrevista coletiva em Havana, onde está em visita oficial.

O presidente do Parlamento iraniano afirmou que "o que importa na proposta russa e em qualquer outra proposta é que não se deve privar o Irã de fazer uso de energia nuclear em seu próprio país".

"Basicamente se a proposta russa não vai contra o status e os regulamentos da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) podemos estudá-la", acrescentou.

Haddad Adel disse que seu país "dá as boas-vindas" à rejeição expressada no último dia 14 pelo ministro de Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, sobre uma possível sanção ao Irã por parte do Conselho de Segurança da ONU e manifestou sua esperança de que "a Rússia não siga as políticas americanas".

Ele afirmou que ainda "é muito cedo" para falar sobre a eventual decisão do Conselho de Segurança, mas reiterou a "vontade unânime" do povo iraniano de desenvolver a energia nuclear.

Haddad Adel disse que o Parlamento iraniano somente aprovará o protocolo adicional ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear "se receber algo em troca".

O parlamentar assegurou que não conhece "nenhum motivo lógico" pelo qual os EUA possam se opor ao programa nuclear que o Irã tenta desenvolver e disse que esse país "sempre buscou pretextos" contra a revolução iraniana.

"A questão nuclear é só um pretexto, se não tivéssemos independência própria e estivéssemos submetidos aos EUA, nem protestariam se fabricássemos bombas atômicas, mas como somos independentes e não queremos nos submeter aos EUA não nos permitem sequer fazer pesquisas no laboratório", afirmou.

O político iraniano chegou na quarta-feira a Havana, procedente da Venezuela, para se reunir com altos dirigentes do Governo cubano e subscrever um acordo com a Assembléia Nacional do Poder Popular (Parlamento cubano).





Fonte: EFE

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