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Nacional
Sexta - 17 de Fevereiro de 2006 às 09:22

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O coronel Ubiratan Guimarães, inocentado no caso do massacre do Carandiru nesta quarta-feira pelo Tribunal de Justiça, afirma não estar arrependido de ter dado ordem para a Polícia Militar invadir a Casa de Detenção. A invasão, que resultou na morte de 111 presos, ocorreu no dia 2 de outubro de 1992.

Em entrevista ao jornal Diário de S. Paulo, ele afirma não se arrepender de sua decisão "Sempre tive a consciência tranqüila. Agi no estrito cumprimento do dever e quarta-feira ficou provado isso no tribunal."

Para Ubiratan Guimarães, o júri popular o condenou a 632 anos porque os jurados ficaram muito tempo confinados no tribunal e a capacidade de entendimento ficou reduzida. "Isso ficou claro quando um dos jurados assinalou que não houve tiros no Carandiru. Se um jurado chega a esse ponto é porque está confuso", afirma Guimarães.

Ele acredita que se o motim ocorresse hoje a situação seria diferente. "Naquele dia a solução era entrar para apagar o fogo e salvar vidas. O perito disse, e isso está nos autos, que, se a polícia não tivesse entrado, talvez todos os presos não estivessem vivos."





Fonte: Terra

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