Escola José Magno, em Cuiabá, passa por reestruturação

A partir desta sexta-feira (17.02) a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) fará o acompanhamento direto das atividades pedagógicas e administrativas realizadas na Escola Estadual José Magno. A intervenção ocorreu por problemas de gestão na unidade escolar.

A escola fica localizada no bairro Duque de Caxias, próximo ao Shopping Goiabeiras, em Cuiabá, e atualmente atende em torno de 600 estudantes, em 17 salas de aula. No ano letivo de 2005, a unidade escolar atendeu 1.070 alunos. Essa redução nas matrículas ocorreu por uma série de fatores que se alastram há duas gestões escolares (4 anos).

Segundo a nova diretora eleita, Maria Aparecida de Souza, entre os problemas deixados pelos últimos diretores estão: desaparecimento de equipamentos e inadimplência com a Seduc, que impossibilita o recebimento das verbas de manutenção e merenda escolar.

Para reverter essa situação, a secretária de Estado de Educação, Ana Carla Muniz, se reuniu na tarde desta quarta-feira (16.02) com a nova diretora para fazer um levantamento da situação física e administrativa da unidade escolar.

“Um conjunto de fatores afugentou esses alunos. A escola José Magno é uma das escolas mais antigas de Cuiabá e junto com a comunidade vamos resgatar a credibilidade do ensino oferecido aqui”, disse Ana Carla.

Conforme a secretária, a Seduc têm o papel de planejar as políticas educacionais e garantir financeiramente que elas ocorram, mas a execução desses projetos é feita pelos profissionais da educação, na unidade escolar. “Precisamos da contribuição da população e dos profissionais para gerir os recursos públicos. Aqui na escola foram encontradas carteiras jogadas no pátio e isso é sinal de falta de gerência e de desperdício de recurso público”.

Os problemas na escola não são apenas de gestões anteriores, foi detectado durante a visita, que dos cinco funcionários administrativos lotados na secretaria da Escola, apenas um estava cumprindo expediente, alguns professores também não compareceram para dar aula. “Vamos levantar os nomes desses funcionários e eles serão responsabilizados”, disse Ana Carla.

A secretária também solicitou à Assessoria Jurídica da Seduc que fizesse a abertura de uma sindicância para averiguar as atividades das gestões escolares anteriores. “O último diretor não fez nem a prestação de contas de verbas recebidas em 2005, o que está prejudicando a nova administração a receber a primeira parcela do PDE”, explicou a nova diretora.

Ficou determinado também que a escola fará um chamamento na comunidade para novas matrículas. “No início de março faremos uma reavaliação do desempenho da escola”, disse Ana Carla, que fez a visita acompanhada da superintendente de Gestão Escolar da Seduc, Roberta Maria de Castro Penna; dos superintendente de Rede Física, Hugo Szczypior; o engenheiro elétrico, Mário Marcio; e o advogado Marco Antônio Rocha.

Para a diretora Maria Aparecida, a ação da Seduc é de extrema importância para que a escola ganhe a confiança da comunidade. “Sabemos do nosso dever enquanto funcionários públicos, mas pegamos a escola com sérios problemas e precisávamos desse apoio”.