Ladrões em Cuiába escolhem artigos de luxo para roubar

Duas lojas especializadas em artigos para motocicletas importadas e de luxo foram vítimas de roubo nos últimos dias. Parte do material foi recuperado, mas a polícia não tem pistas dos ladrões que podem estar fomentando a venda junto a receptadores. Somente em uma das lojas o prejuízo chega a R$ 30 mil entre capacetes, macacões e demais acessórios, muitos importados. Outra loja, especializada na venda de pneus, também amarga o prejuízo. A realização, no próximo fim-de-semana, de um grande encontro de motociclistas em Campo Grande (MS), também pode ter motivado os roubos, suspeita a polícia.

Segundo o delegado Simael Ferreira, uma das hipóteses é que os produtos roubados poderiam ter como destino a comercialização durante o evento, que reúne motoqueiros e colecionadores de motos. A apreensão de parte do material na semana passada se deu depois que policiais em investigação descobriram que havia uma pessoa vendendo capacetes.

Foi marcado um encontro entre os supostos compradores na área central. Mas o vendedor, que usava um veículo furtado, suspeitou da cilada e fugiu. Dentro do veículo furtado foram localizados alguns dos produtos levados no arrombamento ocorrido na madrugada do último dia 6, na Jô Motos, localizada na rua 24 de outubro, no centro de Cuiabá. Quando os policiais recuperaram a caminhonete Fiorino, furtada do estacionamento do Tribunal de Justiça, encontraram parte dos produtos, além dos alicates especiais, que foram usados para estourar os cadeados da loja.

Segundo a proprietária Cristiane Dorileo, na loja havia um sistema de alarme, que foi acionado. Mas como a ação dos ladrões foi rápida, não foi possível prendê-los. Ela estima que pelo menos metade das mercadorias, justamente as mais caras, não foram recuperadas. São capacetes que custam R$ 2,5 mil, além de roupas de couro de R$ 3 mil.

O delegado Simael Ferreira diz que a polícia continua investigando o caso e que quem for pego comprando os produtos roubados está sujeito às penas por crime de receptação, artigo 180 do Código Penal. A pena prevista é de um a quatro anos de reclusão.