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Agronegócios
Quarta - 15 de Fevereiro de 2006 às 14:52

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O governo da Argentina anunciou ontem o lançamento de uma linha de crédito de US$ 97 milhões aos pecuaristas como forma de mitigar possíveis perdas com o surgimento de focos de febre aftosa. Os recursos, operados pelo Banco de La Nación, serão destinados a aportes na infra-estrutura do setor. Em entrevista à Reuters, Felisa Miceli, ministra da Economia argentina, disse que outras medidas serão anunciadas nos próximos dias.

Desde que surgiram os casos de aftosa em Corrientes, na semana passada, frigoríficos da província de Santa Fe concederam férias coletivas, segundo a Federação da Carne. Os frigoríficos exportadores empregam 10 mil pessoas no país e há um receio de que, devido aos embargos, eles venham a reduzir produção e postos de trabalho. O governo da Argentina estima que as exportações possam cair até 20% este ano por conta da aftosa, o que representa US$ 280 milhões.

Segundo o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa), Paraguai, Peru e Bolívia confirmaram o veto (parcial ou total) à carne argentina, elevando para 12 os embargos.

Philip Tod, porta-voz da Comissão Européia, disse que a União Européia irá propor até amanhã proibição à importação de carne de oito departamentos da província de Corrientes, onde foi detectada a doença. Se aprovada, ficará proibida a compra de carne bovina maturada desossada, processada na região a partir de 4 de fevereiro.

Ainda segundo o Senasa, já foram sacrificados 848 animais dos 3.067 da fazenda San Juan, que devem ser abatidos para evitar a disseminação da doença.(com agências internacionais)




Fonte: Valor Econômico

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