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Nacional
Terça - 14 de Fevereiro de 2006 às 20:00

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A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT) demonstrou hoje estar confiante em uma indicação pelo partido para ser candidata ao governo de São Paulo. Ela disse que, apesar de o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) também estar "animado para concorrer", ela acredita que o partido deve escolhê-la pelo seu "perfil executivo", pela "bagagem". Marta também mostrou-se confiante em um disputa para a prefeitura de São Paulo. "Para prefeitura eu ganhava, se a eleição fosse hoje".

Segundo Marta, na última eleição para a prefeitura de São Paulo, ela só perdeu porque José Serra (PSDB) estava saindo de uma campanha presidencial, onde foi exaltado todo o trabalho dele como ministro da Saúde anteriormente.

Apesar da confiança, Marta mostrou-se preocupada com o fato de o partido poder desistir de escolher seu nome para candidata a governadora pelo fato de ser mulher. "Quanto mais alto (o cargo), menos mulher. E espero que isso pese no partido, e no voto depois", disse. Seja qual for o candidato, ela demonstrou acreditar em uma vitória do PT, pois, segundo ela, o PSDB não tem candidato forte para governador.

Temperamento Ainda sobre a questão da mulher na política, Marta comentou o fato de ser considerada "arrogante" por muitos eleitores. Segundo ela, essa imagem vem do seu temperamento. "Eu não sou uma pessoa que tem medo das coisas", disse. Ela comparou a sua situação com uma propaganda : "Uma dona de casa abria um pote na cozinha e não conseguia. Depois de abrir, ela fechou de novo, e pediu para o marido abrir. (...) Uma mulher prefeita tem que mostrar que sabe abrir o pote e não esconder", afirmou.

Marta ainda falou sobre o episódio de sua separação e como isso contribuiu para reforçar a imagem negativa com que muitos a vêem. "Eu me separei, assumi, paguei um preço, mas isso é intolerável para as pessoas, por que eu larguei o (Eduardo) Suplicy. É fácil bater em mim, e eu tenho limite", declarou. Segundo ela, o fato de ter assumido a nova paixão pode ter parecido arrogância para muitas pessoas.

FHC Marta se mostrou indignada com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso querer usar o argumento da ética para criticar o PT. Em uma entrevista à revista Istoé FHC afirmou que "a ética do PT é roubar". "O partido dele não foi o mais ético de todos. Caixa dois foi uma realidade em todos os partidos", afirmou Marta.

Ídolo

Ao ser questionada sobre qual seria o seu ídolo político nacional, Marta hesitou e perguntou se poderia ser uma pessoa viva. "Meu ídolo é o Lula", disse.

Sobre a comparação que Lula fez a si próprio com o ex-presidente Juscelino Kubitschek, Marta disse que é válida, mas que Lula não passou por "uma densidade de perseguição como com o JK". "Mas quando se está na Presidência vem uma onda de crítica e a pessoa se sente injustiçada, por isso a comparação", justificou a ex-prefeita.

Eleições Marta Suplicy também comentou, em um chat no portal IG, as novas regras para campanhas eleitorais. Ao ser questionada sobre a necessidade de os partidos declararem os doadores de fundos para campanhas, ela disse que as legendas podem perder doações caso tenham que especificar o nome de quem doou.

Segundo ela, muitos doadores não querem aparecer, apesar da doação não se caracterizar como caixa dois. "Tem doador que não gostaria de aparecer, eu tive doador assim, que não queria aparecer. Não querem aparecer, mas não é por causa de caixa dois", disse Marta.




Fonte: Agência Estado

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