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Nacional
Terça - 14 de Fevereiro de 2006 às 18:00

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Iporanga - A Alambari de Baixo proporciona uma experiência diferente das demais. Ela pode ser atravessada de ponta a ponta. O grupo adentra a caverna por um pórtico marcado por colunas espessas e a deixa por meio de uma fenda. Entre eles há um trajeto de 400 metros cheio de irregularidades. Alternam-se trechos secos e molhados.

Para chegar à caverna há uma trilha que sai do bairro da Serra, distrito de Iporanga, onde ficam as principais opções de hospedagem. São cerca de 45 minutos de pernada debaixo de sol: o caminho segue por um descampado sem sombra.

Antes de encarar essa missão, a dica é tomar um refresco no Zeni Bar Pastel, de propriedade de Vilmer Rodrigues Diniz. O local tem clima de boteco e serve um pastel digno de nota.

Se estiver num dia inspirado, Diniz vai se acercar e narrar ótimas histórias sobre a região. E também sobre os discos voadores que, conforme ele e um monte de outras pessoas juram, freqüentam o Vale do Ribeira. "São luzes que aparecem misteriosamente durante a noite", afirma.

Vale a pena levar um ou dois dedos de prosa com ele. E, se for o caso, provar, além do pastel, a cataia (cachaça típica da Ilha do Cardoso, no litoral sul de São Paulo, região de Cananéia) ou a "sete segredos", cuja fórmula é mantida sob sigilo por Diniz. "Só dá para dizer que são sete ervas curtidas na aguardente." Caso você se anime, deixe para fazê-lo na volta do passeio.

Afinal, você vai precisar estar inteiro quando chegar à entrada da Alambari de Baixo. Logo de cara é possível observar um grande desmoronamento seguido de um amplo salão. Ali começa a travessia.

Há mais de uma rota. O caminho usual segue montanha adentro. Nele, os turistas acompanham o curso de um rio subterrâneo. Há trechos escorregadios, mas nada assustador.

No entanto, grandes experiências aguardam os turistas que nela se enfiarem. Além de uma beleza singular - ela exibe belos exemplos das chamadas flores de caverna -, a Alambari de Baixo oferece momentos de adrenalina em pequenas escaladas.

Travessia molhada

Mas nada se compara à travessia do rio subterrâneo. Tudo parece tranqüilo, enquanto a água está no nível do joelho. De repente, porém, começa um conduto todo ornamentado por estalactites. A essa altura, a água já bate no peito. Poucos passos adiante e chega ao pescoço.

Dali em diante é preciso ficar atento com a hipotermia, já que a temperatura do corpo sofre uma alteração relativamente brusca.

O passeio dura em média 1h30 e tem nível de exigência classificado como intermediário. E, é preciso acrescentar, como o próprio nome sugere, a Alambari de Baixo é uma das duas cavidades na mesma montanha.

A parte alta do morro é dominada pela Alambari de Cima, uma cavidade rica também em formações. No entanto, a visitação é restrita a pesquisadores.





Fonte: Agência Estado

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