Parlamentares pedem perdão a brasileiro condenado

Parlamentares brasileiros ainda procuram uma alternativa para livrar o brasileiro Marco Acher da pena de morte na Indonésia. Uma comissão, formada por deputados e senadores, se reuniu hoje, na embaixada do país asiático em Brasília. O objetivo é encaminhar ao presidente da Indonésia, Subilo Bambang Yudhoyono, um documento pendido clemência e a redução da pena para o brasileiro.

Acher foi condenado à pena de morte pelo governo da Indonésia por ter tentado entrar, em agosto de 2003, com 13,4 quilos de cocaína escondida em equipamentos de uma asa delta, em Jacarta, capital do país. Ele deve ser submetido a um pelotão de fuzilamento.

O deputado, Nilson Mourão (PT-AC), vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, afirmou que o objetivo da visita à embaixada foi levar o pedido de parlamentares brasileiros, dos mais diferentes partidos, apoiando a posição do presidente Lula pedido clemência e comutação de pena.

"A diplomacia brasileira e o próprio presidente já se manifestaram a esse respeito. Não queremos impunidade e ingerência nos assuntos internos da Indonésia. Queremos reforçar a postura do presidente lula, humanista, cristã e de respeito à vida, solicitando uma postura elevada do presidente da Indonésia", disse Mourão.

Para o deputado, que foi o autor da iniciativa da de visita à embaixada, ainda existe uma esperança para livrar o brasileiro do fuzilamento. "Existe esperança porque esse fato já faz parte um pouco da história da Indonésia. Nos momentos nacionais e importantes daquele país o presidente comuta pena", afirmou. "No caso do tráfico de drogas, não é muito comum, mas nós estamos cumprindo nossa missão encaminhando a solicitação", explicou Mourão.

O diplomata indonésio, Hengki Andhika Pinandito, garantiu que o documento entregue pelos parlamentares brasileiros será encaminhado ao presidente do seu país. Segundo ele, existe a possibilidade do governo da Indonésia autorizar a extradição de Marco Acher para que ele cumpra pena no Brasil. Mas para isso, ressaltou o Pinandito, os dois países precisam de acordo bilateral sobre o assunto.