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15 anos se passaram e ninguém foi condenado pela chacina em Matupá
Quinze anos se passaram e os responsáveis pela morte de Osvaldo José Bachmann e dos irmãos Arci e Ivanir Garcia dos Santos ainda não foram a julgamento. Os três homens foram queimados vivos depois de assaltarem uma casa e manterem quatro pessoas reféns, no dia 23 de novembro de 1990, em Matupá (696 km ao extremo norte do Estado). Uma centena de recursos, prazos e artimanhas jurídicas, foram utilizadas para evitar que os 23 denunciados - políticos, empresários e policiais militares da cidade - fossem levados à júri. Quinze anos depois, o promotor Adriano Roberto Alves, da Comarca de Peixoto de Azevedo, pediu vistas do processo e ingressou com um pedido de desaforamento junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ/MT). Isso significa que, se o pedido for aceito, o julgamento será realizado em Cuiabá.
No pedido o MP argumenta que dezenas de pessoas agiram de maneira indireta para o crime e que o corpo de jurados não poderia ser retirado de Matupá ou mesmo de cidades vizinhas como Guarantã do Norte, Sinop ou Colíder.
O "Caso Matupá", como foi batizado, deixou para Mato Grosso a triste fama de ser um Estado onde a violência chegava a extremos. A barbárie dos três homens sendo queimados foram promovidas por uma multidão de colonos e garimpeiros que foram à distante região em busca de enriquecimento.
Toda a ação foi filmada por um cinegrafista amador, Lino José Durrewald. A fita VHS chegou às mãos do presidente do Centro de Direitos Humanos Henrique Trindade (CDHHT), padre José Tencate (já falecido). Ele encaminhou as imagens para o Movimento Nacional de Defesa aos Direitos Humanos e Ministério da Justiça. A Anistia Internacional, com sede em Londres, e o Conselho Mundial da Igrejas, em Genebra, também receberam cópias do material e cobraram a elucidação do caso.
São 56 minutos de tortura que revelam o que foi feito contra homens que já estavam presos, feridos e dois deles já tinham sido baleados. Veículos de comunicação de todas as partes do país enviaram jornalistas a Matupá na tentativa de encontrar uma resposta, algo que pudesse justificar a razão pela qual uma população se reúne com um propósito tão cruel. As cenas das pessoas queimando são tão chocantes que nenhuma televisão exibiu por mais de 10 segundos as cena do vídeo. Um dos assaltantes é submetido a um interrogatório enquanto queima. Mesmo com as dores ele afirmou que um policial civil de Terra Nova do Norte é quem havia planejado o crime. O policial nunca foi identificado.
No pedido o MP argumenta que dezenas de pessoas agiram de maneira indireta para o crime e que o corpo de jurados não poderia ser retirado de Matupá ou mesmo de cidades vizinhas como Guarantã do Norte, Sinop ou Colíder.
O "Caso Matupá", como foi batizado, deixou para Mato Grosso a triste fama de ser um Estado onde a violência chegava a extremos. A barbárie dos três homens sendo queimados foram promovidas por uma multidão de colonos e garimpeiros que foram à distante região em busca de enriquecimento.
Toda a ação foi filmada por um cinegrafista amador, Lino José Durrewald. A fita VHS chegou às mãos do presidente do Centro de Direitos Humanos Henrique Trindade (CDHHT), padre José Tencate (já falecido). Ele encaminhou as imagens para o Movimento Nacional de Defesa aos Direitos Humanos e Ministério da Justiça. A Anistia Internacional, com sede em Londres, e o Conselho Mundial da Igrejas, em Genebra, também receberam cópias do material e cobraram a elucidação do caso.
São 56 minutos de tortura que revelam o que foi feito contra homens que já estavam presos, feridos e dois deles já tinham sido baleados. Veículos de comunicação de todas as partes do país enviaram jornalistas a Matupá na tentativa de encontrar uma resposta, algo que pudesse justificar a razão pela qual uma população se reúne com um propósito tão cruel. As cenas das pessoas queimando são tão chocantes que nenhuma televisão exibiu por mais de 10 segundos as cena do vídeo. Um dos assaltantes é submetido a um interrogatório enquanto queima. Mesmo com as dores ele afirmou que um policial civil de Terra Nova do Norte é quem havia planejado o crime. O policial nunca foi identificado.
Fonte:
Gazeta Digital
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/319130/visualizar/
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