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Cientistas acusam Governo australiano de censura
Sidney - Três cientistas acusaram o Governo da Austrália de tentar impedi-los de publicar sua preocupação sobre a mudança climática para evitar mais críticas a Canberra por não ter assinado o Protocolo de Kioto, informou a imprensa local nesta segunda-feira.
O cientista Graeme Pearman declarou ao programa televisivo "Four Corners" que tinha recebido indicações claras para que evitasse opinar contra o Governo em matéria de política sobre emissões de gases causadores do efeito estufa. Pearman assegurou que as autoridades lhe disseram "pelo menos meia dúzia de vezes" durante seu último ano na Organização Australiana de Pesquisa Científica e Industrial (CSIRO) que não manifestasse seu desacordo sobre a política do Governo.
Agraciado com vários prêmios por sua contribuição à melhora do meio ambiente, Pearman foi despedido em 2004 de CSIRO, uma instituição pública.
Outro reconhecido cientista, Barrie Pittock, também declarou à emissora de televisão que o Governo obrigou-o a eliminar uma parte de uma publicação sobre clima na qual indicava que a mudança climática poderia criar milhões de deslocados no mundo.
Barney Foran, que após 30 anos na organização se aposentou, revelou que a censura governamental é comum, e que em agosto passado recebeu uma advertência de que o escritório do primeiro-ministro não gostaria que ele falasse sobre o uso de etanol. O ministro do Meio Ambiente, Ian Campbell, negou através da rádio ABC que o Governo tenha atuado para evitar que os cientistas revelem suas conclusões sobre mudança climática ou sobre qualquer outro assunto.
Em janeiro, a Austrália sediou uma reunião sobre mudança climática na região Ásia-Pacífico. O encontro foi concluído com um acordo para a continuação do uso de carburantes fósseis e pelo trabalho pela redução do efeito estufa sem entorpecer o crescimento econômico. Duas semanas depois, a CSIRO anunciou que abandonaria suas pesquisas sobre energias renováveis e que dirigiria o orçamento de US$ 65 milhões a novos projetos de pesquisa de recursos de baixa emissão.
O diretor da CSIRO, Geoff Garrett, afirmou então que tanto a indústria como os consumidores dependem do carvão para a produção de eletricidade e que isso não mudará em um futuro imediato. A Austrália, o segundo produtor de carvão do mundo, foi acusada por organizações ambientalistas, como Greenpeace e Amigos da Terra, de utilizar a reunião sobre mudança climática realizada em janeiro, para solapar o trabalho do Protocolo de Kioto e garantir seu mercado de carvão na Ásia.
O cientista Graeme Pearman declarou ao programa televisivo "Four Corners" que tinha recebido indicações claras para que evitasse opinar contra o Governo em matéria de política sobre emissões de gases causadores do efeito estufa. Pearman assegurou que as autoridades lhe disseram "pelo menos meia dúzia de vezes" durante seu último ano na Organização Australiana de Pesquisa Científica e Industrial (CSIRO) que não manifestasse seu desacordo sobre a política do Governo.
Agraciado com vários prêmios por sua contribuição à melhora do meio ambiente, Pearman foi despedido em 2004 de CSIRO, uma instituição pública.
Outro reconhecido cientista, Barrie Pittock, também declarou à emissora de televisão que o Governo obrigou-o a eliminar uma parte de uma publicação sobre clima na qual indicava que a mudança climática poderia criar milhões de deslocados no mundo.
Barney Foran, que após 30 anos na organização se aposentou, revelou que a censura governamental é comum, e que em agosto passado recebeu uma advertência de que o escritório do primeiro-ministro não gostaria que ele falasse sobre o uso de etanol. O ministro do Meio Ambiente, Ian Campbell, negou através da rádio ABC que o Governo tenha atuado para evitar que os cientistas revelem suas conclusões sobre mudança climática ou sobre qualquer outro assunto.
Em janeiro, a Austrália sediou uma reunião sobre mudança climática na região Ásia-Pacífico. O encontro foi concluído com um acordo para a continuação do uso de carburantes fósseis e pelo trabalho pela redução do efeito estufa sem entorpecer o crescimento econômico. Duas semanas depois, a CSIRO anunciou que abandonaria suas pesquisas sobre energias renováveis e que dirigiria o orçamento de US$ 65 milhões a novos projetos de pesquisa de recursos de baixa emissão.
O diretor da CSIRO, Geoff Garrett, afirmou então que tanto a indústria como os consumidores dependem do carvão para a produção de eletricidade e que isso não mudará em um futuro imediato. A Austrália, o segundo produtor de carvão do mundo, foi acusada por organizações ambientalistas, como Greenpeace e Amigos da Terra, de utilizar a reunião sobre mudança climática realizada em janeiro, para solapar o trabalho do Protocolo de Kioto e garantir seu mercado de carvão na Ásia.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/319143/visualizar/
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