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Polícia Brasil
Segunda - 13 de Fevereiro de 2006 às 04:30

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O golpe conhecido como "disque-extorsão" está tirando o sono e deixando em pânico os moradores da zona sul do Rio de Janeiro. Na madrugada de domingo, cinco casos chegaram à 14ª DP (Leblon) ¿ média que vem se repetindo a cada fim de semana na área. O terror começa com um telefonema, na maior parte das vezes a cobrar. O objetivo dos bandidos é assustar a vítima até que ela entregue dinheiro pessoalmente ou através de depósito em conta.

Uma das vítimas mais recentes foi o empresário Antonio Sérgio (nome fictício), morador do Leblon. Durante a madrugada de domingo, uma voz ameaçadora informou que o filho dele estava em poder da quadrilha e que seria morto caso a vítima desligasse ou não obedecesse às ordens do bando.

"Resolvi procurar a polícia, mas passei uma madrugada infernal", relembra Antonio, que tomou coragem, desligou o telefone e correu até a casa do filho. Ao chegar lá, porém, não o encontrou. "Só o achei às 10h30. Ele estava bem, só tinha saído para se divertir. Mas isso só aumentou a minha angústia", contou.

Antes de fazer as ameaças explícitas, os bandidos têm se passado por homens do Corpo de Bombeiros ou funcionários de hospitais públicos, interessados em ajudar vítimas de acidentes ¿ que quase sempre não ocorreram. Na verdade, os criminosos, com isso, querem angariar detalhes sobre a família, como nomes de filhos, para, depois, anunciar um falso seqüestro e exigir dinheiro.

Antonio Sérgio recebeu o telefonema às 3h e, ao conversar com um homem que se identificou como bombeiro, acabou dizendo o nome do seu filho. Em seguida, ouviu um barulho, como se a ligação estivesse sendo transferida, e uma segunda voz entrou em ação, fazendo as ameaças de morte ao rapaz.

Ligações a cobrar, só com identificação

Geralmente os bandidos pedem dinheiro, mas aceitam também jóias e outros objetos de valor, como máquinas fotográficas e filmadoras. A polícia orienta a população a não atender chamadas a cobrar sem identificação. "Seqüestradores não ligam a cobrar e, quando fazem contato, já têm todas as informações de que precisam", revela o inspetor Wanderson Menezes, da 14ª DP (Leblon).

Numa variação do mesmo golpe, o bandido manda a vítima comprar cartões telefônicos e passar as senhas. Com isso, as quadrilhas abastecem celulares roubados com créditos. As escolha das vítimas é aleatória. "Muitas vezes a própria vítima passa as informações", diz o policial.





Fonte: O Dia

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