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Internacional
Domingo - 12 de Fevereiro de 2006 às 11:40

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O Pentágono já está elaborando planos para ataques devastadores, apoiados por mísseis balísticos lançados de submarinos, contra centros nucleares do Irã, afirma hoje o dominical britânico "Sunday Telegraph".

Segundo o jornal, estes ataques seriam o "último recurso" para bloquear os esforços de Teerã de desenvolver armas atômicas. O Governo de Teerã assegura que tem intenção de desenvolver apenas um programa de energia nuclear.

Os encarregados de planejar estes ataques trabalham na identificação dos alvos e na logística da operação, segundo informações recebidas pelo jornal.

Os responsáveis por avaliar os alvos informam ao escritório do secretário de Defesa americano, Donald Rumsfeld, enquanto os EUA analisam seus planos para uma ação se a via diplomática não conseguir impedir as ambições nucleares do Irã.

"Isto é mais que uma análise normal de contingência militar", disse um assessor do Pentágono citado pelo jornal. "Isto se tornou mais urgente nos últimos meses", acrescentou.

O "Sunday Telegraph" diz que a perspectiva de uma ação militar de Washington poderia entrar em choque com a posição do Reino Unido, país que teme que um ataque provoque uma onda de violência no Oriente Médio, represálias no Ocidente e que não se consiga inutilizar o programa nuclear do Irã. Washington decidiu fazer uma análise militar por causa das revelações sobre as operações nucleares iranianas e as ameaças anti-israelenses do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, acrescenta o jornal.

A estratégia analisada seria um ataque aéreo com bombardeiros B2 de longa distância, que decolariam da base no Missouri e reabasteceriam combustível em pleno vôo, segundo o jornal.

A Administração americana anunciou recentemente planos para acrescentar mísseis balísticos convencionais ao arsenal de seus submarinos nucleares Trident nos próximos dois anos.

Se estiverem preparados, esses submarinos farão parte do plano de ataque, afirma o "Sunday Telegraph".

O jornal acrescenta que Teerã instalou usinas nucleares subterrâneas e aumentou recentemente suas defesas aéreas.

No fim de semana passado, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) decidiu levar o Irã ao Conselho de Segurança das Nações Unidas por causa de suas atividades nucleares. Teerã respondeu com o anúncio de que retomará o enriquecimento de urânio.

Há poucos dias se informou que um alto cargo do Governo americano tinha avisado diplomatas europeus de que os EUA analisavam a possibilidade de um ataque contra as instalações nucleares no Irã.





Fonte: EFE

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