Índices mostram recuo da inflação, com queda no preço de alimentos

A divulgação do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) e do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) nesta sexta-feira mostrou que a inflação recuou no início de fevereiro, influenciada, principalmente, pela queda no preço dos alimentos.

O IGP-M, que regula contratos com os de aluguel e telefonia, desacelerou significativamente no início do mês, auxiliado pela queda de muitos alimentos e de vestuário.

O IPG-M subiu 0,03% na primeira prévia de fevereiro, ante alta de 0,40% em igual período de janeiro, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) na sexta-feira.

O Índice de Preços no Atacado (IPA) teve deflação de 0,06%, ante alta de 0,43% na primeira prévia do mês passado.

O IPA agrícola declinou 1,13%, após subir 1,6% na prévia de janeiro. Já o IPA industrial acelerou a alta, para 0,28% na leitura deste mês ante 0,07% anterior.

As quedas individuais mais significativas foram de bovinos (-3,5%), ovos (-14%), aves (-5,77%), óleo de soja refinado (-7,86%) e soja em grão (-1,6%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve alta de 0,13%, comparada à elevação de 0,41% anterior.

Os preços dos grupos Alimentação e Vestuário caíram, em respectivamente 0,83% e 0,64%, seguindo altas na leitura anterior.

Já os de Transportes subiram mais, em 1,22% ante 0,46% na primeira leitura do mês passado. Os de Educação, leitura e recreação aumentaram 1,06%, contra 0,82% anterior.

Os principais recuos individuais de preços foram de tomate (-24,48%), mamão papaia (-10,63%), cenoura (-13%), batata-inglesa (-3,1%) e pimentão (12,81%).

O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC) elevou-se em 0,35%, ante aumento de 0,13% na primeira leitura de janeiro.

IPC-Fipe O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do município de São Paulo, calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), registrou inflação de 0,20% na primeira quadrissemana de fevereiro, 0,30 ponto percentual abaixo da taxa de janeiro (0,50%). Na primeira prévia de janeiro, o IPC-Fipe ficou em 0,46%.

O grupo que apresentou maior alta de preços foi Educação, com 4,15%, seguido por Transportes (1,01%). Os grupos Vestuário (-0,63%) e Alimentação (-0,74%) apresentaram deflação de preços.

Os grupos Saúde (0,54%), Despesas Pessoais (0,16%) e Habitação (0,09%) também tiveram alta.