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Economia
Sexta - 10 de Fevereiro de 2006 às 13:47

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O foco de febre aftosa na Argentina poderá acarretar aumento na demanda pela carne mato-grossense. Com a doença haverá redução na oferta internacional de carne, o que deve favorecer os Estados brasileiros habilitados a vender ao exterior. Mas por enquanto não há perspectiva de alta no preço do produto. O analista de Comércio Internacional de Carnes e Sistemas Logísticos da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Luiz Carlos Meister, frisa que há excesso de oferta no mercado, mesmo para exportação, o que vai segurar o valor da carne.

Ele ressalta que a produção de carne da província de Corrientes, onde ocorreu o foco de aftosa, não é significativa e por isso não deve provocar grande variação na demanda internacional. Além disso o mercado está desaquecido devido ao inverno nos continentes Europeu e Asiático, período de queda no consumo de carne. A perspectiva é de que as compras sejam retomadas no início de março.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos de Mato Grosso (Sindifrigo), Milton Belincanta, acredita que a ocorrência da doença na Argentina deve apressar a retomada das negociações entre o Brasil e países importadores que mantém embargada a compra da produção nacional de carne. Ele destaca que a Argentina está entre os cinco principais exportadores de carne bovina do mundo e concorre diretamente com o Brasil, que ocupa a primeira posição no ranking.

Belincanta acredita que os países com restrições à carne brasileira que eram abastecidos pala Argentina terão interesse em retomar a comercialização com o Brasil. Atualmente 56 países mantém embargos totais ou parciais ao produto nacional, devido aos focos de aftosa registrados em Mato Grosso do Sul e no Paraná.(AM)





Fonte: Gazeta Digital

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