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Economia
Sexta - 10 de Fevereiro de 2006 às 13:43

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Mato Grosso não vai impor nenhum tipo de barreira sanitária contra a Argentina. O país vizinho confirmou na última quarta-feira o diagnóstico de um foco de febre aftosa na província de Corrientes, na fronteira com o Rio Grande do Sul e Paraguai. O presidente do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea), Décio Coutinho, afirma que a ocorrência do novo foco não traz risco ao rebanho mato-grossense. Em 2005 nenhum animal oriundo da Argentina entrou no Estado. Segundo ele, a imposição de restrições à entrada de animais compete ao governo federal e do Estado que faz fronteira com o país.

O Mapa suspendeu ontem as autorizações para importação de carne com osso e de animais vivos suscetíveis à febre aftosa da Argentina. A interrupção é temporária. A importação de sêmen e de carne não submetida a processo de maturação também foi cancelada, assim como de outros produtos não submetidos a processos que permitam a inativação do vírus da aftosa. Esse é o caso, por exemplo, dos produtos lácteos que não passaram pelo sistema de pasteurização. Medidas semelhantes foram adotadas pelo governo paraguaio, que proibiu o trânsito de animais na fronteira.

Coutinho frisa que para um animal de outro país entrar em território brasileiro é necessária uma autorização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Antes da liberação o animal passa por processo de quarentena, período de observação para verificar se não há manifestação de nenhuma doença. Exames sorológicos também são usados para atestar a sanidade.

Ele argumenta que essas medidas representa segurança ao rebanho do Estado mesmo que um animal da Argentina chegasse a Mato Grosso via Rio Grande do Sul. Mesmo assim o presidente do Indea destaca que o foco de aftosa na Argentina evidencia que o vírus está circulando e a melhor maneira de manter o rebanho imune é por meio da vacinação.

A primeira etapa de vacinação contra a doença termina no dia 28 deste mês. Contudo, os pecuaristas tem até o dia 10 de março para informar a imunização ao Indea. Nesta campanha estão sendo vacinados animais de zero até 12 meses. A previsão é que 5 milhões de cabeças recebam a dose da vacina. A segunda etapa da campanha, para animais de zero a 24 meses, acontece em maio. A última fase será em novembro e visa imunizar todo o rebanho.




Fonte: Agência Estado

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