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Mártir da Seleção, Emerson aceita sacrifício por seu 1º título
Emerson tem a sua cruz para carregar na Copa do Mundo da Alemanha. Responsável pela marcação no meio-de-campo de uma Seleção valorizada pelo instinto ofensivo de seu quarteto de ataque, o volante aceita resignado o sacrifício de esquecer as belas jogadas e pensar apenas em destruir as investidas adversárias no Mundial de 2006. "Tenho vontade de atacar, mas temos de dar liberdade para os jogadores da frente. Ficar para marcar é um sacrifício que alguém tem de fazer, e o Parreira sabe que pode contar comigo."
Revelado pelo Grêmio em 1993 como meia de armação, Emerson foi recuado para a função defensiva por Vanderlei Luxemburgo na Copa América de 1999 com a Seleção Brasileira. Mas será sob o comando de Carlos Alberto Parreira, quando, aos 31 anos, disputar sua segunda Copa do Mundo, que o jogador da Juventus viverá o maior desafio de sua carreira: dar sustentação a um esquema tático que terá quatro jogadores de ataque - Ronaldo, Adriano, Ronaldinho e Kaká.
Quatro anos atrás, Emerson deveria ter sido um dos pilares do meio-de-campo da Seleção que conquistou o pentacampeonato. Era o capitão escolhido por Luiz Felipe Scolari para a Copa do Japão e da Coréia do Sul. Ao atuar como goleiro num treino recreativo antes da estréia no Mundial, o jogador machucou o ombro ao cair no gramado e teve de ser cortado. "Esse episódio já está resolvido na minha cabeça. Era um lance para ter acontecido, não tenho do que reclamar."
O drama de 2002 não foi o único protagonizado por Emerson em um ano de Copa do Mundo. No Mundial da França, em 1998, o jogador se juntou ao grupo escolhido pelo então técnico Zagallo na última hora. Romário, a estrela da equipe, teria de ser cortado também por estar machucado e o meia - ainda livre para atacar - foi chamado para ocupar a vaga. Naquele ano, viveu uma de suas maiores emoções com a Seleção.
"Entrei na semifinal contra a Holanda e bati um pênalti. Aquele jogo me deu mais oportunidades para voltar em outras partidas da Seleção", lembra o volante, que hoje é ídolo da Juventus, líder isolada do Campeonato Italiano deste ano.
Nesta entrevista ao Terra Esportes, Emerson contou ainda que vai aproveitar para curtir outra festa do esporte antes de mergulhar no universo da Copa do Mundo. Com os ingressos comprados, será um dos espectadores ilustres na festa de abertura da Olimpíada de Inverno, que começa nesta sexta-feira na cidade italiana de Turim, casa da Juventus.
De todos os seus jogos pela Seleção, qual foi o mais marcante? Joguei muitas partidas importantes pela Seleção Brasileira. O que me deu mais oportunidades foi um na Copa de 98, contra a Holanda, no momento em que eu bati o pênalti na semifinal. Mas o que mais comemorei, no qual senti uma satisfação enorme, é mais recente. Foi na final da Copa das Confederações, contra a Argentina. O Brasil jogou muito bem e a gente estava engasgado pela derrota anterior, nas Eliminatórias. Demos o troco em uma final.
Como foi esperar quatro anos para voltar a uma Copa do Mundo, depois do corte às vésperas do Mundial de 2002?
Fiquei algum tempo fora da Seleção, cerca de oito meses. Comecei a pensar apenas no meu clube, mas nunca deixei de dar uma olhada na Seleção. Não tinha podido jogar a última Copa e queria ter essa chance de novo. Então passei a me preocupar com o clube, porque é automático: se você joga bem no seu clube, acaba tendo uma nova chance na Seleção.
Como você viu, de longe, a queda do Grêmio para a Série B e depois a volta dramática da equipe para a primeira divisão? O Grêmio já vinha de dois anos em que estava ameaçado de cair, lutava. Dessa vez, não teve jeito. Fiquei chateado como torcedor, mas era algo que já vinha sendo anunciado. Mas o time deu muita sorte, os jogadores fizeram um bom trabalho e conseguiram subir no primeiro ano, que é uma coisa muito difícil.
Qual é o segredo da Juventus para conseguir abrir uma vantagem tão grande para as equipes de Milão no começo do campeonato?
Neste ano, a Juventus contratou grandes jogadores e ficou bem mais forte. Fomos campeões no ano passado, mas foi mais difícil. Começamos muito bem no campeonato e conseguimos essa vantagem.
Como foi a recepção dos torcedores quando você decidiu trocar a Roma pela Juventus? Foi muito difícil. As pessoas não entendem como um jogador pode sair da cidade de Roma. No último jogo contra a Roma, recebi vaias sempre que pegava na bola. Mas acredito que isso seja normal, porque as pessoas criticam a transferências, mas não o meu futebol. E a minha saída também foi boa para o clube, que me vendeu. Eu não saí de graça.
Você é um jogador que fica bastante tempo nos clubes por onde passa. Você não gosta de trocar de equipes?
Quando um jogador consegue ficar mais tempo na equipe, consegue render mais. Mudar companheiros, ambiente de trabalho, não é bom. E as equipes também não quiseram me vender. Se tiver esse carinho do clube, o jogador tem de retribuir. Se ele é bem tratado, não tem de trocar de clube só porque o salário é um pouquinho maior. No momento em que se faz um contrato, é preciso respeitar. No ano passado, tive uma proposta do Real Madrid, mas estava bem na Juventus e não tinha motivo para trocar de clube.
Revelado pelo Grêmio em 1993 como meia de armação, Emerson foi recuado para a função defensiva por Vanderlei Luxemburgo na Copa América de 1999 com a Seleção Brasileira. Mas será sob o comando de Carlos Alberto Parreira, quando, aos 31 anos, disputar sua segunda Copa do Mundo, que o jogador da Juventus viverá o maior desafio de sua carreira: dar sustentação a um esquema tático que terá quatro jogadores de ataque - Ronaldo, Adriano, Ronaldinho e Kaká.
Quatro anos atrás, Emerson deveria ter sido um dos pilares do meio-de-campo da Seleção que conquistou o pentacampeonato. Era o capitão escolhido por Luiz Felipe Scolari para a Copa do Japão e da Coréia do Sul. Ao atuar como goleiro num treino recreativo antes da estréia no Mundial, o jogador machucou o ombro ao cair no gramado e teve de ser cortado. "Esse episódio já está resolvido na minha cabeça. Era um lance para ter acontecido, não tenho do que reclamar."
O drama de 2002 não foi o único protagonizado por Emerson em um ano de Copa do Mundo. No Mundial da França, em 1998, o jogador se juntou ao grupo escolhido pelo então técnico Zagallo na última hora. Romário, a estrela da equipe, teria de ser cortado também por estar machucado e o meia - ainda livre para atacar - foi chamado para ocupar a vaga. Naquele ano, viveu uma de suas maiores emoções com a Seleção.
"Entrei na semifinal contra a Holanda e bati um pênalti. Aquele jogo me deu mais oportunidades para voltar em outras partidas da Seleção", lembra o volante, que hoje é ídolo da Juventus, líder isolada do Campeonato Italiano deste ano.
Nesta entrevista ao Terra Esportes, Emerson contou ainda que vai aproveitar para curtir outra festa do esporte antes de mergulhar no universo da Copa do Mundo. Com os ingressos comprados, será um dos espectadores ilustres na festa de abertura da Olimpíada de Inverno, que começa nesta sexta-feira na cidade italiana de Turim, casa da Juventus.
De todos os seus jogos pela Seleção, qual foi o mais marcante? Joguei muitas partidas importantes pela Seleção Brasileira. O que me deu mais oportunidades foi um na Copa de 98, contra a Holanda, no momento em que eu bati o pênalti na semifinal. Mas o que mais comemorei, no qual senti uma satisfação enorme, é mais recente. Foi na final da Copa das Confederações, contra a Argentina. O Brasil jogou muito bem e a gente estava engasgado pela derrota anterior, nas Eliminatórias. Demos o troco em uma final.
Como foi esperar quatro anos para voltar a uma Copa do Mundo, depois do corte às vésperas do Mundial de 2002?
Fiquei algum tempo fora da Seleção, cerca de oito meses. Comecei a pensar apenas no meu clube, mas nunca deixei de dar uma olhada na Seleção. Não tinha podido jogar a última Copa e queria ter essa chance de novo. Então passei a me preocupar com o clube, porque é automático: se você joga bem no seu clube, acaba tendo uma nova chance na Seleção.
Como você viu, de longe, a queda do Grêmio para a Série B e depois a volta dramática da equipe para a primeira divisão? O Grêmio já vinha de dois anos em que estava ameaçado de cair, lutava. Dessa vez, não teve jeito. Fiquei chateado como torcedor, mas era algo que já vinha sendo anunciado. Mas o time deu muita sorte, os jogadores fizeram um bom trabalho e conseguiram subir no primeiro ano, que é uma coisa muito difícil.
Qual é o segredo da Juventus para conseguir abrir uma vantagem tão grande para as equipes de Milão no começo do campeonato?
Neste ano, a Juventus contratou grandes jogadores e ficou bem mais forte. Fomos campeões no ano passado, mas foi mais difícil. Começamos muito bem no campeonato e conseguimos essa vantagem.
Como foi a recepção dos torcedores quando você decidiu trocar a Roma pela Juventus? Foi muito difícil. As pessoas não entendem como um jogador pode sair da cidade de Roma. No último jogo contra a Roma, recebi vaias sempre que pegava na bola. Mas acredito que isso seja normal, porque as pessoas criticam a transferências, mas não o meu futebol. E a minha saída também foi boa para o clube, que me vendeu. Eu não saí de graça.
Você é um jogador que fica bastante tempo nos clubes por onde passa. Você não gosta de trocar de equipes?
Quando um jogador consegue ficar mais tempo na equipe, consegue render mais. Mudar companheiros, ambiente de trabalho, não é bom. E as equipes também não quiseram me vender. Se tiver esse carinho do clube, o jogador tem de retribuir. Se ele é bem tratado, não tem de trocar de clube só porque o salário é um pouquinho maior. No momento em que se faz um contrato, é preciso respeitar. No ano passado, tive uma proposta do Real Madrid, mas estava bem na Juventus e não tinha motivo para trocar de clube.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/319513/visualizar/
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