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Internacional
Sexta - 10 de Fevereiro de 2006 às 08:43

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O primeiro-ministro da Malásia, Abdullah Badawi, pediu hoje ao mundo islâmico e ao Ocidente que contenham os atos de "desrespeito a qualquer religião" para evitar outra crise como a gerada pelas caricaturas de Maomé.

Com este pedido, Abdullah Badawi, presidente rotativo da Organização da Conferência Islâmica (OCI), inaugurou a reunião à qual comparecem cerca de 60 intelectuais, líderes religiosos e políticos de países muçulmanos, europeus e dos Estados Unidos.

"Devemos pôr fim ao desrespeito a qualquer religião ou ao sacrilégio de símbolos considerados sagrados pelos credos", disse o premier.

A reunião, de dois dias, à qual comparece o ex-presidente iraniano Mohamed Khatami, tem como objetivo tentar acabar com as percepções errôneas que dificultam as relações entre o Ocidente e o mundo muçulmano.

Abdullah Badawi advertiu que a política desenvolvida pelo Ocidente no Iraque, Afeganistão e nos territórios palestinos provocou frustração na comunidade muçulmana e "abriu um abismo enorme entre o Ocidente e o Islã".

Segundo o premier, aumenta no Ocidente a falsa percepção de que "o Islã é sinônimo de violência", e suas populações vêem os muçulmanos como "terroristas congênitos".

"Eles acham que Osama bin Laden fala em nome da religião e dos seguidores do Islã. A imagem do Islã fica ''endemoniada'', e os muçulmanos são estigmatizados. Não podemos negar, essa percepção está muito propagada entre a sociedade ocidental predominante", disse Abdullah Badawi.





Fonte: EFE

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