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Polícia Brasil
Sexta - 10 de Fevereiro de 2006 às 03:25

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A desempregada Simone Pereira da Silva, 32 anos, que abandonou uma filha recém-nascida no estacionamento de um hospital em Bangu (RJ) na última quarta-feira, vem sendo hostilizada pela vizinhança. Sua alegação, agora, junto à polícia, é de que sofreu de depressão pós-parto. Ela foi submetida a exame no IML para avaliar seu estado.

Depois de ser liberada da prisão, na quarta-feira à noite, Simone foi recebida com xingamentos pelos vizinhos, em Mesquita. O marido dela, Marcelo da Silva, 35, também sofreu as conseqüências do ato. Foi demitido do restaurante onde tinha arrumado emprego há uma semana.

A menina, batizada como Eduarda, permaneceu nesta quinta-feira em abrigo conveniado com a 1ª Vara da Infância e da Juventude, na zona portuária da capital fluminense. A mãe pôde passar o dia com a criança, mas não teve autorização para dormir no lugar.

Marcelo esclareceu que Simone já tem seis filhos e não quatro, conforme divulgado inicialmente. Outras duas crianças eram do primeiro casamento dela. O marido tentou justificar o abandono da bebê Eduarda no estado psicológico da mãe.

"Ela devia estar fora de si. Ela é louca por criança e nunca faria isso conscientemente", defendeu.

Simone foi submetida a exame no IML para se verificar se estava em estado puerperal (depressão pós-parto). Caso seja comprovado, sua pena pode ser reduzida em até dois terços, em caso de condenação. Ela responde por abandono de incapaz, cuja pena vai até 3 anos de reclusão.

Na quinta-feira, a promotora titular da Promotoria de Infância e Juventude de Nova Iguaçu, Carla Cruz, solicitou a transferência do caso para o juizado da cidade. Ela quer que o bebê fique num berçário também da Baixada. A promotora disse que vai formar uma equipe de psicólogos e assistentes sociais para avaliar que parente teria melhores condições de cuidar de Eduarda, caso os pais percam a guarda da menina.





Fonte: O Dia

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