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Internacional
Quinta - 09 de Fevereiro de 2006 às 16:51

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A reação às caricaturas sobre o profeta Maomé publicadas por um jornal dinamarquês teria sido planejada numa reunião da Organização da Conferência Islâmica, da qual participaram líderes das 57 nações muçulmanas em Meca em dezembro, informou nesta quinta-feira o jornal The New York Times.

Protestos em base dos EUA no Afeganistão deixam 2 mortos O encontro de Meca não recebeu muita cobertura da imprensa internacional, pois os não-muçulmanos são impedidos de entrar na cidade. No entanto, segundo o jornal, os líderes religiosos teriam discutido a questão do extremismo religioso, mas sobretudo as charges publicadas no Ocidente. O New York Times informa que o documento final da reunião afirmava a "preocupação com o crescente ódio contra o Islã e contra os muçulmanos" e citava o caso das charges, criticando "o recente incidente de profanação da imagem do profeta sagrado Maomé na imprensa de certos países" e "o uso da liberdade de expressão como um pretexto para difamar religiões".

A reunião de Meca ajudaria a explicar como os protestos, que em setembro estavam restritos a uma pequena comunidade muçulmana do Norte da Europa, se espalharam por várias países com um intervalo de quatro meses entre uns e outros. Segundo a publicação americana, a reunião da Organização da Conferência Islâmica teria retomado o assunto das charges, já então parcialmente esquecido, e incitado os ânimos dos muçulmanos.

Depois da Conferência, o protesto contra as caricaturas passou a ser apoiado por alguns governos, entre eles o da Síria e do Irã, diz o jornal. Na quarta-feira, a Secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, disse que os governos desses países estavam inflamando a população contra o Ocidente.





Fonte: EFE

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