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Autoridades recebem o depoimento com muita surpresa e desconfiança
Foi com um misto de surpresa e desconfiança que as autoridades que participaram diretamente das investigações do crime e do trâmite do processo na justiça receberam as revelações da ex-escrivã Beatriz Árias, única pessoa julgada e condenada pela morte do juiz Leopoldino Marques do Amaral.
Para o advogado de Josino Guimarães, Luiz Carlos da Silva Lima, a notícia é uma "surpresa boa", principalmente porque o seu cliente acaba de ser pronunciado (mandado a júri popular) pelo juiz da 2ª Vara Federal, Jeferson Schneider, como mandante do assassinato do magistrado. A defesa recorreu da decisão.
"Na época já se falava sobre isso", lembra o advogado, citando boatos sobre a existência de dois exames de DNA, sendo que um deles não teria comprovado que o cadáver encontrado naquela estrada vicinal, em Concepcion, no Paraguai, pertencia ao juiz Leopoldino.
Na avaliação do advogado, um crime de mando, como se tenta estabelecer no caso de Leopoldino, não deixaria a materialidade do crime, ou seja, o corpo, a não ser que fosse "coisa de amador". Lima acredita que as declarações de Beatriz possam agora, quase sete ano após a morte, trazer a verdade à tona. "Estou em Brasília mas vou a Cuiabá acompanhar isso de perto", revelou o advogado.
Menos convicto que o advogado, o delegado federal Cesar Augusto Martinez, que conduziu o segundo inquérito instaurado pela Polícia Federal para investigar o crime e hoje está em Manaus, diz que a informação de Beatriz deve ser considerada e apurada, pois desde aquela época a versão de que o magistrado iria para a Argentina circulava pela Capital. Também porque o dinheiro que todos diziam que o juiz havia desviado da Vara de Família, da qual era o titular, nunca apareceu.
Martinez diz ser possível, mesmo sem a exumação do cadáver, como se pretende fazer hoje de manhã em Poconé, contestar o laudo realizado pela Universidade de Campinas (Unicamp), pois os legistas guardam mostras do material para uma contraprova, quando necessária. "É preciso investigar se o laudo foi feito nos parâmetros legais".
Por ter assumido a investigação a pedido do Ministério Público Federal (MPF), depois do primeiro delegado a assumir o caso, José Pinto de Luna, ter concluído que os responsáveis pelo assassinato eram Beatriz e o tio dela, Marcos Peralta - que está morto - , e que não havia mandantes, Martinez alega não ter tido acesso ao laudo original. Só a "cópias horríveis". Foi Martinez quem incluiu no seu relatório o nome de Josino como mandante.
Já para o procurador da República José Pedro Taques, que atuou no caso e hoje se encontra em São Paulo, a revelação de Beatriz Árias não passa de "conversa fiada". Segundo Taques, o exame de DNA foi feito pela Unicamp com material coletado de três pessoas da família: a mãe, a irmã e o filho de Leopoldino do Amaral. Foi nesse laudo que o procurador se baseou para denunciar os três por crime de homicídio.
Para o advogado de Josino Guimarães, Luiz Carlos da Silva Lima, a notícia é uma "surpresa boa", principalmente porque o seu cliente acaba de ser pronunciado (mandado a júri popular) pelo juiz da 2ª Vara Federal, Jeferson Schneider, como mandante do assassinato do magistrado. A defesa recorreu da decisão.
"Na época já se falava sobre isso", lembra o advogado, citando boatos sobre a existência de dois exames de DNA, sendo que um deles não teria comprovado que o cadáver encontrado naquela estrada vicinal, em Concepcion, no Paraguai, pertencia ao juiz Leopoldino.
Na avaliação do advogado, um crime de mando, como se tenta estabelecer no caso de Leopoldino, não deixaria a materialidade do crime, ou seja, o corpo, a não ser que fosse "coisa de amador". Lima acredita que as declarações de Beatriz possam agora, quase sete ano após a morte, trazer a verdade à tona. "Estou em Brasília mas vou a Cuiabá acompanhar isso de perto", revelou o advogado.
Menos convicto que o advogado, o delegado federal Cesar Augusto Martinez, que conduziu o segundo inquérito instaurado pela Polícia Federal para investigar o crime e hoje está em Manaus, diz que a informação de Beatriz deve ser considerada e apurada, pois desde aquela época a versão de que o magistrado iria para a Argentina circulava pela Capital. Também porque o dinheiro que todos diziam que o juiz havia desviado da Vara de Família, da qual era o titular, nunca apareceu.
Martinez diz ser possível, mesmo sem a exumação do cadáver, como se pretende fazer hoje de manhã em Poconé, contestar o laudo realizado pela Universidade de Campinas (Unicamp), pois os legistas guardam mostras do material para uma contraprova, quando necessária. "É preciso investigar se o laudo foi feito nos parâmetros legais".
Por ter assumido a investigação a pedido do Ministério Público Federal (MPF), depois do primeiro delegado a assumir o caso, José Pinto de Luna, ter concluído que os responsáveis pelo assassinato eram Beatriz e o tio dela, Marcos Peralta - que está morto - , e que não havia mandantes, Martinez alega não ter tido acesso ao laudo original. Só a "cópias horríveis". Foi Martinez quem incluiu no seu relatório o nome de Josino como mandante.
Já para o procurador da República José Pedro Taques, que atuou no caso e hoje se encontra em São Paulo, a revelação de Beatriz Árias não passa de "conversa fiada". Segundo Taques, o exame de DNA foi feito pela Unicamp com material coletado de três pessoas da família: a mãe, a irmã e o filho de Leopoldino do Amaral. Foi nesse laudo que o procurador se baseou para denunciar os três por crime de homicídio.
Fonte:
Gazeta Digital
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/319762/visualizar/
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