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Beatriz garante na Justiça que Leopoldino está vivo
Leopoldino Marques do Amaral, o juiz que denunciou desembargadores e que corria risco de ser preso por peculato, está vivo, fez plástica no rosto e mora na Argentina com outra identidade e estaria trabalhando como advogado. Essas revelações surpreendentes foram feitas de forma espontânea pela ex-escrevente Beatriz Árias Paniágua, 41, na polícia e também junto ao juiz Pedro Sakamoto, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá.
Diante das graves declarações de Beatriz, condenada pela co-autoria do assassinato do próprio Leopoldino, o juiz Sakamoto determinou a exumação do cadáver para realização de exame de DNA. Ele encaminhou o "termo de audiência" para o Tribunal de Justiça, a quem compete tomar providências diante dessa hipótese de Amaral estar vivo.
Sakamato expediu carta precatória para a Comarca de Poconé (a 100 km de Cuiabá), onde o corpo oficialmente reconhecido como do magistrado Leopoldino está enterrado desde setembro de 1999. Os peritos devem realizar o trabalho de exumação e de coleta de material hoje pela manhã.
A Gazeta teve acesso aos dois depoimentos de Beatriz Árias, que hoje cumpre pena de 12 anos em regime aberto. As revelações ressuscitam o "Caso Leopoldino" e devem provocar polêmica e repercussão em todo o país.
Inicialmente, a ex-escrevente prestou depoimento de 10 páginas à Polícia Civil, no último dia 20. Depois, procurou o juiz Sakamoto, na última terça-feira à tarde, para reafirmar as revelações que contradizem ela própria no longo processo que tramitou na Polícia e na Justiça Federal por mais de quatro anos, até sair o julgamento.
Pelos autos, o juiz Leopoldino foi executado a tiros em Concepcion no Paraguai em 7 de setembro de 99. Beatriz Árias, que atuava como escrevente na 2ª Vara de Família e Sucessões de Cuiabá, junto com o magistrado, foi a co-autora do crime. O tio de Beatriz, Marcos Peralta, já falecido, figura como executor.
Ao juiz Sakamoto, Beatriz afirmou de forma categórica, anteontem, que "Leopoldino está vivo e morando na Argentina". Conta que o magistrado com quem trabalhou, revelou-lhe, em 1999, que "precisava fugir do Brasil porque tinha se apropriado de dinheiro de processos judiciais". Tratam-se de desvios de depósitos bancários judiciais liderados pelo Leopoldino cujo montante chegou a cerca de US$ 2 milhões. O juiz, que mesmo sem provas havia denunciado a maioria dos desembargadores do Tribunal de Justiça por supostas irregularidades, como venda de sentença, nepotismo e fraudes em concurso público, temia ser preso pelo crime de peculato.
Beatriz conta que o próprio Leopoldino revelou o plano de fuga, quando ambos estavam juntos no Hotel Acapulco, em Pedro Juan Caballero, no Paraguai. À época, ela preencheu a ficha de cadastro no hotel com o nome Perla Beatriz Vichini. A ex-escrevente garante que recebeu do juiz vários documentos, com orientação de entregá-los no Supremo Tribunal Federal, em Brasília.
"Ele (Leopoldino) disse que pretendia fazer plástica no rosto para ficar irreconhecível e fixar residência na Argentina", comentou Beatriz, sem especificar o nome da cidade.
Ela afirma que Leopoldino tentou, sem êxito, fugir do Brasil duas vezes. A primeira, de avião, via Brasília, quando chegou a fazer um depósito de R$ 30,5 mil. Deixaria o país em companhia da ex-secretária do juiz, Márcia Campos, segundo declarou Beatriz. Numa outra ocasião buscou seguir rumo à Bolívia, mas desistiu.
Para Beatriz, o juiz Leopoldino estaria vivendo em território argentino, com um novo rosto e com uma nova identidade. Tenho certeza absoluta que o Lepoldino mora na Argentina".
Diante das graves declarações de Beatriz, condenada pela co-autoria do assassinato do próprio Leopoldino, o juiz Sakamoto determinou a exumação do cadáver para realização de exame de DNA. Ele encaminhou o "termo de audiência" para o Tribunal de Justiça, a quem compete tomar providências diante dessa hipótese de Amaral estar vivo.
Sakamato expediu carta precatória para a Comarca de Poconé (a 100 km de Cuiabá), onde o corpo oficialmente reconhecido como do magistrado Leopoldino está enterrado desde setembro de 1999. Os peritos devem realizar o trabalho de exumação e de coleta de material hoje pela manhã.
A Gazeta teve acesso aos dois depoimentos de Beatriz Árias, que hoje cumpre pena de 12 anos em regime aberto. As revelações ressuscitam o "Caso Leopoldino" e devem provocar polêmica e repercussão em todo o país.
Inicialmente, a ex-escrevente prestou depoimento de 10 páginas à Polícia Civil, no último dia 20. Depois, procurou o juiz Sakamoto, na última terça-feira à tarde, para reafirmar as revelações que contradizem ela própria no longo processo que tramitou na Polícia e na Justiça Federal por mais de quatro anos, até sair o julgamento.
Pelos autos, o juiz Leopoldino foi executado a tiros em Concepcion no Paraguai em 7 de setembro de 99. Beatriz Árias, que atuava como escrevente na 2ª Vara de Família e Sucessões de Cuiabá, junto com o magistrado, foi a co-autora do crime. O tio de Beatriz, Marcos Peralta, já falecido, figura como executor.
Ao juiz Sakamoto, Beatriz afirmou de forma categórica, anteontem, que "Leopoldino está vivo e morando na Argentina". Conta que o magistrado com quem trabalhou, revelou-lhe, em 1999, que "precisava fugir do Brasil porque tinha se apropriado de dinheiro de processos judiciais". Tratam-se de desvios de depósitos bancários judiciais liderados pelo Leopoldino cujo montante chegou a cerca de US$ 2 milhões. O juiz, que mesmo sem provas havia denunciado a maioria dos desembargadores do Tribunal de Justiça por supostas irregularidades, como venda de sentença, nepotismo e fraudes em concurso público, temia ser preso pelo crime de peculato.
Beatriz conta que o próprio Leopoldino revelou o plano de fuga, quando ambos estavam juntos no Hotel Acapulco, em Pedro Juan Caballero, no Paraguai. À época, ela preencheu a ficha de cadastro no hotel com o nome Perla Beatriz Vichini. A ex-escrevente garante que recebeu do juiz vários documentos, com orientação de entregá-los no Supremo Tribunal Federal, em Brasília.
"Ele (Leopoldino) disse que pretendia fazer plástica no rosto para ficar irreconhecível e fixar residência na Argentina", comentou Beatriz, sem especificar o nome da cidade.
Ela afirma que Leopoldino tentou, sem êxito, fugir do Brasil duas vezes. A primeira, de avião, via Brasília, quando chegou a fazer um depósito de R$ 30,5 mil. Deixaria o país em companhia da ex-secretária do juiz, Márcia Campos, segundo declarou Beatriz. Numa outra ocasião buscou seguir rumo à Bolívia, mas desistiu.
Para Beatriz, o juiz Leopoldino estaria vivendo em território argentino, com um novo rosto e com uma nova identidade. Tenho certeza absoluta que o Lepoldino mora na Argentina".
Fonte:
Gazeta Digital
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/319805/visualizar/
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